Maracanã: o mítico estádio está mais igual aos outros

Construído em tempo recorde para o Mundial de 1950, um dos mais importantes recintos do mundo foi quase totalmente reconstruído entre 2010 e 2013. Já não é o maior do mundo. Ganhou conforto e segurança, mas terá perdido um pouco da aura que o distinguia dos outros. Viagem a um estádio que confirma a tendência do futebol como espectáculo televisivo.

Fotogaleria
Arquitectos com a maqueta do estádio, 1949 DR
Fotogaleria
Construção, entre 1948 e 1950 Acervo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
Fotogaleria
Construção, entre 1948 e 1950 Acervo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
Fotogaleria
Após a inauguração, 1950 Acervo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
Fotogaleria
1950 Acervo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
Fotogaleria
1970 DR
Fotogaleria
Garrincha e Pelé, duas das grandes figuras que passaram pelo Maracanã Reuters
Fotogaleria
1990 Fernando Veludo/Arquivo
Fotogaleria
Romário, outro dos craques do Maracanã, em 1997 Reuters
Fotogaleria
Adeptos do Vasco da Gama, em 1999 Reuters
Fotogaleria
Beckham no Mundial de clubes de 2000, após a primeira grande renovação do Maracanã Reuters
Fotogaleria
Eusébio deixa a sua marca no Passeio da Fama, que só será reactivado após o Mundial 2014 Bruno Domingos/Reuters
Fotogaleria
Imagem aérea de 2007, após a segunda grande renovação Bruno Domingos/Reuters
Fotogaleria
Um trabalhador retira água após uma inundação em 2010 Bruno Domingos/Reuters
Fotogaleria
O estádio em renovação, 2011 Sergio Moraes/Reuters
Fotogaleria
Vista aérea durante as obras, 2012 Ricardo Moraes/Reuters
Fotogaleria
Mural, com grafitti de Garrincha, Fred, Roberto Dinamite e Zico Sergio Moraes/Reuters
Fotogaleria
O novo Maracanã, 2014 Nelson Garrido
Fotogaleria
Visita aos balneários Nelson Garrido
Fotogaleria
A entrada do túnel Nelson Garrido
Fotogaleria
A estátua de Zico Nelson Garrido
Fotogaleria
Jogo em Janeiro deste ano Nelson Garrido
Fotogaleria
Estádio enfeitado com de verde e vernelho, as cores do Fluminense Nelson Garrido
Fotogaleria
Adeptos do Fluminense Nelson Garrido
Fotogaleria
Polícias no estádio Nelson Garrido
Fotogaleria
O novo Maracanã visto por fora Nelson Garrido

Maracanã é um nome mágico para milhões de adeptos de futebol. Mesmo para os que não são brasileiros. Mesmo para os que nunca lá estiveram. Nascido como o maior estádio do mundo, ganhou um lugar no imaginário futebolístico. Tem direito a músicas, poemas e declarações de amor. “Maracanã é nossa catedral”, escreveu Paulo César Pinheiro num samba em louvor ao estádio. “És a fantasia da paixão que aproxima e divide/louvor e blasfémia/alegria e desdita (...) És, enfim, a vitória e a derrota, caprichosa imitação da minha vida”, diz o poema de Armando Nogueira. “ [O Maracanã é] um templo de esperanças, alegrias e também de tristezas”, escreveu Zizinho, um dos jogadores que lá perderam o Mundial de 1950.

Quando hoje se chega ao Maracanã, vê-se a fachada original, mas lá dentro mudou tudo. É, na verdade, um estádio novo. Moderno, seguro, ainda algo imponente, mas bem diferente do original. E menos distinto dos outros estádios do mundo.

“É um estádio bonito, ao estilo europeu, mas agora não é diferente dos outros. Antes era completamente diferente”, diz ao PÚBLICO João Máximo, jornalista brasileiro e autor do livro Maracanã - Meio Século de Paixão. “Não me conformo que tenham deitado abaixo o maior estádio do mundo para construir esse Maracanã. Há um custo milionário em que você transforma um dos maiores estádios do mundo num dos menores do mundo. Estádio com 78 mil lugares qualquer lugar tem”, queixa-se o escritor Ruy Castro, um dos muitos brasileiros para quem parte importante da vida desportiva passou pelo Maracanã. Ruy Castro também lá assistiu ao mítico concerto de Frank Sinatra para 140 mil pessoas em 1980 — as missas do Papa João Paulo II, em 1980 e 1997, foram os outros grandes momentos extra-futebolísticos do estádio.

O que mais distinguia o Maracanã original era o tamanho. Tinha 183.354 lugares, algo inédito no mundo, justificando a alcunha de “O Portentoso”. Juca Kfouri, colunista da Folha de São Paulo, conta como os estreantes ficavam de “queixo caído” quando entravam nas bancadas, depois de terem percorrido os estreitos corredores do recinto. “Era uma emoção estética”, diz o jornalista, admitindo que este saudosismo é um pouco de poesia e que no futebol de hoje “o que cabe é dinheiro e poesia já era”.

Lúcio de Castro, jornalista da ESPN, escreveu uma crónica violenta, denunciando que “mataram o Maracanã”: “O que fazia o belo, o impressionante do Maracanã era exactamente sua exuberância. Era ser monumental. Majestoso. Algo impressionante. Se sentir pequeno diante de tal obra. (...) Algo que só se sente diante da força das águas das cataratas do Iguaçu ou como chegar no último degrau de Machu Picchu.”

Entre os adeptos, as opiniões dividem-se, como quase tudo na vida. Sentado nas bancadas do Maracanã, a assistir a um jogo entre o Fluminense e o Resende, Milton diz que gosta do novo estádio: “O antigo estádio tinha charme, mas estava ultrapassado. Este é moderno”, diz ao PÚBLICO este engenheiro de 50 anos: “Tudo muda na vida, até nós.” O mesmo defende Adriane Torres. “É mais confortável, a proximidade ao gramado [relvado] é maior, a visão é melhor”, diz esta funcionária do tribunal, enquanto grita pelo seu Fluminense: “E para quem gosta de cantar, como eu, o som é muito melhor.”

Já Rodrigo Soares, de 38 anos, está do lado dos saudosistas. “Está bonito, imponente, mas o Maracanã não é mais o mesmo”, diz este analista de sistemas, que tem saudades dos tempos em que podia ver o futebol na “geral”: isto é, de pé na parte inferior do estádio, naquilo que em Portugal se chamava o “peão”. Sentado numa das confortáveis cadeiras do recinto, Guilherme, de 20 anos, segue pelo mesmo caminho: “Perdeu originalidade. Está mais parecido com os estádios europeus”, diz este estudante, lembrando que até as redes da baliza eram diferentes — o Fluminense, no entanto, recuperou  para os seus jogos o famoso formato “véu da noiva” das redes da baliza.

Estádio, estúdio de TV
Este confronto entre o antigo e o moderno não é um exclusivo dos estádios brasileiros. É, aliás, uma tendência mundial. Os estádios são um dos “instrumentos do redesenho da imagem do futebol”, argumenta Frederico Ágoas, investigador português, desde o início do ano a trabalhar na Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.

“Os anfiteatros estão a ser transformados em espaços mais adequados à transmissão televisiva. Há uma transformação do estádio num estúdio de televisão”, diz Frederico Ágoas, acrescentando que ao mesmo tempo há uma tentativa de obter comportamentos mais adequados do público. “Pretende-se banir comportamentos de violência, mensagens políticas, racismo, que não se compadeciam com o carácter mais comercial do jogo.”

O investigador português, que tem dedicado algum tempo ao estudo da evolução dos estádios, sublinha que desde o Mundial 2002 praticamente todos os grandes campeonatos implicaram a construção de recintos novos. E a tendência foi sempre de os novos estádios se assemelharem mais a “salas de espectáculos” do que aos antigos coliseus, com massas humanas desordenadas.

E ninguém duvida de que os novos estádios significam uma elitização do futebol. João Máximo, que tinha 15 anos em 1950 e acompanhou a construção, diz que o recinto democratizou o acesso ao futebol. “Uma das primeiras grandes coisas do Maracanã foi ter aberto os seus portões para a mulher, para o idoso e para a criança. Como era espaçoso, a mulher começou a ir no estádio, o que não era um hábito no Rio de Janeiro. O idoso tinha medo, porque os estádios eram ‘pequenininhos’. Queria ir ao banheiro e não tinha conforto. Abriu as portas para esse público que o futebol não tinha”, explica o jornalista.

Já o novo estádio faz o “processo inverso”, argumenta Máximo. Tem menos lugares e o preço dos bilhetes subiu, o que afasta gente dos estádios. “Não chamem aquilo lá de Maracanã, por favor. Chamarei de Estádio Justo Veríssimo, aquele personagem do Chico Anísio que defendia a morte dos pobres, ‘quero que pobre se exploda’, dizia ele”, escreveu Lúcio Castro, na já citada crónica sobre a “morte” do Maracanã.

As queixas sobre o valor dos bilhetes foram das mais ouvidas pelo PÚBLICO durante a estadia no Rio. “Antes, ir a um jogo custava 30 ou 40 reais (nove ou 12 euros). Agora é 80 (25 euros)”, diz um taxista, afirmando que para muitos brasileiros esse valor é incomportável — por isso, muitos preferem assinar o canal televisivo que transmite os jogos, que fica mais barato do que ir ver todas as partidas nos estádios.

Apesar de todas estas alterações, o Maracanã continua a ser um estádio especial. Principalmente para os jogadores brasileiros, que o elegeram como o melhor recinto do Brasil, numa sondagem feita pelo Datafolha. Num inquérito feito, entre Dezembro de 2013 e Janeiro deste ano, a 292 jogadores e treinadores dos 20 clubes da I Divisão brasileira, o Maracanã ficou em primeiro lugar, numa avaliação que incluía aspectos como o acesso ao campo, os balneários, o relvado ou a iluminação.

Esta avaliação não é propriamente surpreendente. Quem vir o estádio por dentro — as visitas turísticas só serão retomadas a 20 de Julho — perceberá que o espaço é moderno e funcional. Os corredores são largos, os elevadores grandes, o ar condicionado funciona em todo o interior do recinto, as cadeiras são confortáveis e de qualquer assento vê-se bem o relvado, que até parece agora mais perto, porque o estádio é mais pequeno do que o original. E, quanto à iluminação, o estádio ganha outra vida à noite, com as luzes acesas, até porque pode estar enfeitado com as cores da equipa da casa — no dia que o PÚBLICO esteve lá, brilhavam o verde e o vermelho do Fluminense.

Construção em tempo-recorde
O Maracanã começou a ser construído em 1948, para receber o Mundial de futebol de 1950. Recém-democratizado, o Brasil tentava afirmar-se no mundo e organizava um campeonato que a Europa, ainda a curar as feridas da II Guerra Mundial, era incapaz de receber.

Oscar Niemeyer concorreu à obra, mas o seu projecto não foi escolhido. O então Estádio Municipal nasceu da colaboração de vários arquitectos, entre eles Orlando da Silva Azevedo, Rafael Galvão, António Dias Carneiro e Pedro Paulo Bernardes Bastos. “Cerca de 1500 operários trabalharam com 465 mil sacos de cimento (se empilhados um a um, formariam 78 pilhas da altura do Corcovado), 10,5 milhões de quilos de ferro, 3,9 m3 de pedras e tijolos, 55,2 m3 de madeira”, descreve Paulo Perdigão, em Anatomia de uma Derrota. “O Portentoso” era então o maior estádio do mundo — o Hampden-Park, de Glasgow, tinha 140 mil lugares, seguido do Olímpico de Los Angeles (110 mil) e de Wembley (100 mil).

“A construção do estádio foi um processo de patriotismo exacerbado, que foi alimentado pelos próprios homens públicos, o prefeito, Presidente da República, os ministros. A construção em tempo-recorde (dois anos) foi colocada na época como valor do homem brasileiro”, conta ao PÚBLICO João Máximo. Os próprios trabalhadores assumiram esse sentimento. É famosa a história de um operário que, durante as obras, saltou para cima de uma botija de gás, para evitar uma explosão. “A minha vida valia muito menos do que as outras e o Estádio Municipal valia muito mais. Francamente, pelo estádio eu correria o risco outra vez”, disse Alcebíades de Souza Filho ao Jornal dos Sports.

A construção de um grande estádio no Rio de Janeiro foi alvo de um intenso debate. Havia quem preferisse construir hospitais. João Máximo recorda que no Jornal do Sports se defendia que o Brasil tinha de “investir na saúde e não na doença”. O jornal era de Mário Filho, um dos principais defensores da construção do Maracanã e da sua localização no centro do Rio de Janeiro, nos terrenos do Derby Club. O empenho de Mário Filho (irmão de Nelson Rodrigues) foi tal que, em 1965, o estádio passou a ter oficialmente o seu nome — ainda hoje se lê na fachada a inscrição “Estádio Mário Filho”, embora toda a gente o trate por Maracanã, como o bairro onde está situado, que deve o nome à maraca, uma espécie de chocalho inspirado no barulho dos pássaros que habitavam naquela zona.

A construção do recinto original custou, segundo a TV Globo, 250 milhões de cruzeiros, o equivalente a 235 milhões de reais (75 milhões de euros). No jogo de abertura do Mundial de 1950, ainda havia andaimes e muitos adeptos viram o jogo de pé, em pilhas de tijolos. O Maracanã permaneceu como o maior estádio do mundo até 2000, altura em que foi alvo da primeira grande renovação, que custou 106 milhões de reais (34 milhões de euros ao câmbio actual). A introdução de cadeiras reduziu a lotação para 103 mil lugares. Em 2005, o estádio foi renovado outra vez, agora para os Jogos Panamericanos. As obras, orçadas em 304 milhões de reais (98 milhões de euros, ao câmbio actual), implicaram o fim da chamada “geral”, onde os adeptos viam os jogos de pé, bem perto do relvado.

As sucessivas renovações de que foi alvo implicaram que o Maracanã deixasse de ser o maior estádio do mundo, posto que hoje pertence ao May Day, em Pyongyang (Coreia do Norte), com capacidade para 150 mil pessoas, seguido pelo Salt Lake, em Calcutá (Índia), com 120 mil lugares. O Maracanã já nem sequer está entre os 20 maiores recintos do mundo — é somente o maior do Brasil e dos países lusófonos.

Todas estas renovações, no entanto, não serviram para a FIFA, que exigiu outra remodelação para o Mundial 2014. Custo: 1050 milhões de reais (340 millhões de euros). “O maior desafio foi projectar um novo Maracanã que ‘nasceu’ dentro do antigo, de forma a não substituir o existente, mas sim renová-lo”, disse ao PÚBLICO Daniel Fernandes, um dos arquitectos responsáveis pela renovação. Certo é que apenas a fachada, considerada património nacional, e as duas rampas monumentais foram conservadas. Tudo o resto é novo, incluindo a cobertura, que inicialmente era para ser aproveitada.

A gestão do Maracanã também mudou radicalmente e foi entregue a uma empresa privada, formada pela construtora Odebrecht, a IMX Venues e Arenas (ligada ao Rock in Rio) e a americana AEG (que gere a Arena O2, de Londres). O português Luís Silva é o director de operações (ver vídeo) e uma empresa portuguesa, a Vasverde, presta consultoria no tratamento da relva.

Os craques e a maior vaia
Independentemente do que se pensar sobre o novo estádio, o Maracanã continuará ligado à história do futebol brasileiro e mundial. Não só por momentos dramáticos como a derrota do Brasil no Campeonato do Mundo de 1950 (ver texto nos próximos dias), mas acima de tudo pelos craques que deixaram a sua marca naquele lugar. “Pelo gramado [relvado] do Maracanã já passaram todos, rigorosamente todos, os craques brasileiros dos últimos 50 anos”, escreveu João Máximo em 2000, no seu livro, enumerando nomes como Pelé, Garrincha, Zizinho, Tostão, Zico (o recordista de golos no Maracanã, 333), Ademir, Didi e Júnior. E quase todos os grandes nomes do futebol mundial passaram por lá: Puskas, Di Stefano, Beckenbauer, Platini, Maradona, Messi. E, claro, Eusébio que jogou um célebre encontro com o Santos de Pelé (3-2 para os brasileiros em 1962), em que Pelé marcou dois golos mas muitos disseram que fez três, confundindo-o com Coutinho — Cruyff foi dos poucos do Olimpo do futebol que não jogaram lá e Cristiano Ronaldo também ainda aspira a pisar o mítico relvado.

O Maracanã, que em muitas ocasiões foi transformado na casa do Santos (equipa de São Paulo), está intimamente ligado à história de Pelé. O celébre golo de placa, em que o avançado fintou cinco adversários — durante um Santos-Fluminense, em 1961 — aconteceu no Maracanã. Tal como o golo mil de Pelé: um penálti num Vasco-Santos, em 1969.

João Máximo viu muitos jogos no Maracanã, nos últimos 64 anos. E elege como mais marcante um momento particularmente desconhecido: a 13 de Maio de 1959, dia em que a selecção brasileira jogava um particular com a Inglaterra. Era a primeira vez que o Brasil visitava o estádio após a conquista do Mundial de 1958, em que Garrincha tinha sido uma das figuras. Só que o então jogador do Botafogo fugiu do estágio da selecção e só voltou quase de manhã, alcoolizado. Na hora do jogo, o seleccionador Vicente Feola deixou Garrincha de fora. Quando as equipas foram anunciadas, o nome de Julinho Botelho, substituto de Garrincha, foi vaiado. “Na história do Maracanã, foi a maior vaia dada a um jogador”, diz João Máximo, contando que Julinho ouviu a vaia no balneário e perguntou o que se passava: “É para você”, disse-lhe o massagista.

Julinho entrou no relvado a chorar, mas logo nos primeiros minutos marcou um golo. E haveria de oferecer o 2-0 a Henrique. “Foi uma das melhores actuações da vida dele e saiu ovacionado do estádio”, conta João Máximo, que não se lembra de no Maracanã ter assistido a outro “momento com esse carácter humano”.

É também por causa de histórias como esta que muitos adeptos criaram uma relação especial com o Maracanã, que deixou de ser apenas uma construção arquitectónica, para se transformar num local de culto para quem antes estava habituado a ouvir os jogos pela rádio. “O Maracanã nos converteu em donos de nossas próprias verdades. Ou de nossas próprias lendas”, diz João Máximo, salientando que durante boa parte da vida do estádio o futebol ainda não era um espectáculo televisivo, com todos os jogos a serem transmitidos em directo. O Maracanã marcou a infância, juventude e vida adulta de muitos adeptos. Por isso, dizem que o “Maraca” “perdeu a alma”. “Tinha com ele uma relação afectiva que a reforma desconstrói”, admite Juca Kfouri: “Provavelmente, quando o Brasil for fazer a Copa do Mundo de 2074, e esse Maracanã for abaixo para construir outro, alguém dirá a mesma coisa, porque criou o mesmo tipo de vínculo.”

Sugerir correcção
Comentar