Para Alberto da Ponte, despedimento colectivo na RTP "é a última hipótese"

Presidente da RTP foi à comissão parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação,

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O presidente da RTP, Alberto da Ponte, afirmou no Parlamento esta segunda-feira que um eventual despedimento colectivo na empresa "é a última hipótese". E sublinhou que a reestruturação será feita com "o menor custo social possível".

Alberto da Ponte falava na comissão parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, na sequência de um requerimento feito pelo Bloco de Esquerda sobre os serviços internacionais da RTP, nomeadamente a interrupção do Galaxy 19, que transmite em sinal aberto para os Estados Unidos. Questionado sobre um eventual despedimento colectivo, Alberto da Ponte disse que esta será a "última necessidade de gestão", caso não se consiga concretizar a reestruturação.

"É por isso que, neste momento, nos encontramos em diálogo aberto com os representantes dos trabalhadores", afirmou, reconhecendo o esforço que ambas as partes estão a tentar fazer para chegarem a um acordo. O despedimento colectivo "é a última hipótese dentro desta política de reestruturação com o menor custo social possível", sublinhou.

Sobre a interrupção das transmissões por satélite Galaxy, em Março passado, Alberto da Ponte reiterou que "foi planeada. "É preciso não esquecer que o conjunto destes satélites de acesso em sinal livre representam para a RTP um custo total de três milhões de euros", frisou.

Alberto da Ponte adiantou que a interrupção foi anunciada, tendo sido comunicado uma linha verde e um e-mail. No total, a RTP recebeu 418 chamadas e 155 mails, a maior parte dos quais oriundos da Califórnia. "Estamos tão conscientes da nossa missão que a seguir tomámos a decisão de manter o Galaxy", salientou o gestor.

"Se [a RTP] fosse uma empresa que se guiasse apenas pelos critérios de gestão, com a estimativa que temos é de que apenas 0,02% da população vê em sinal aberto, teríamos, se fossemos apenas gestores, cortado", acrescentou, sublinhando que a RTP vai manter o Galaxy.

O serviço internacional da RTP custa 26,5 milhões de euros.

Questionado pelo Bloco de Esquerda se a Antena 1 "está ou não em automático" durante a madrugada e se confirmava uma eventual demissão do conselho de redacção da rádio, Alberto da Ponte afirmou desconhecer a situação, mas prometeu "averiguar" assim que chegasse à empresa.

 

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