Papa chegou ao CBB para encontro com mundo da cultura nacional

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O encontro decorre no segundo dia da visita papal Daniel Rocha

Bento XVI chegou pelas 10h12 ao Centro Cultural de Belém, em Lisboa, para um encontro com algumas das principais personalidades da cultura nacional e os líderes das principais confissões religiosas do país.

Depois de cumprimentar alguns dos ilustres que participam no encontro e de se sentar numa cadeira com mais de 300 anos recuperada exclusivamente para ser utilizada nesta cerimónia, o Papa foi presenteado com um cântico do Coro da Gulbenkian, dirigido pelo maestro Jorge Matta. Na tribuna, o Papa esteve acompanhado pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, pela ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, e ploe bispo do Porto. D. Manuel Clemente, entre outras personalidades do país, entre elementos do clero e da cultura.

Uma sala quase lotada aplaudiu o Santo Padre, antes de ouvir a intervenção de D. Manuel Clemente. Dirigindo-se ao Santo Padre e as perto de 1500 personalidades da cultura ancional, o bispo do Porto afirmou que a intenção cultural de Bento XVI “é entendida e bem aceite por muitas personalidades das letras, das ciências e das artes, ainda além das fronteiras da confessionalidade estrita”.

O também presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações, frisou o “fértil percurso académico e literário” do Papa que serve de inspiração “para o presente e futuro”.

Na intervenções desta manhã no CCB, seguiu-se o realizador português Manoel de Oliveira. No seu discurso, intitulado “Religião e Arte”, o cineasta sublinhou que as artes estiveram “estreitamente ligadas às religiões e o cristianismo foi pródigo em expressões artísticas depois da passagem de Cristo pela terra e até aos dias de hoje”.

Ao Papa, Manoel de Oliveira apresentou-se como “homem do cinema, do cinema que é a sétima das artes, logo a mais recente de todas as expressões artísticas, pois não tem mais que um século, enquanto outras terão milénios”.

O realizador sublinhou ainda que a religião e a arte estão “intimamente voltados para o homem e o universo, para a condição humana e a natureza Divina”. Manoel de Oliveira foi depois cumprimentado pelo Papa, que inicou pouco depois a sua intervenção.

Última actualização às 10h54
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