Hoje começam as obras de reparação das juntas de dilatação da Ponte 25 de Abril. A Rede Ferroviária Nacional (Refer) vai instalar rampas para permitir a circulação automóvel no tabuleiro durante as obras, que vão durar três meses em cada extremo da ponte.

As obras não devem agravar as condições de tráfego na ponte, garantiu o director do projecto, Canto Moniz. O mesmo responsável admite apenas que nos primeiros dias haverá alguma "surpresa" por parte dos condutores e consequentes "congestionamentos de trânsito".

Na noite de 25 para 26 de Abril começa a instalação das primeiras estruturas metálicas, que vão condicionar o tráfego nos próximos meses, no extremo sul da travessia. A empresa explica que a instalação decorrerá entre as 22h00 e as 06h00.

Esta noite serão fechadas progressivamente as duas vias de circulação mais à direita, no sentido Almada/Lisboa, mantendo-se aberta a via da esquerda, junto ao separador central. Logo que as rampas estejam montadas, a via da direita será aberta ao tráfego, fechando-se a via da esquerda para a mesma operação.

Na noite de 26 para 27 de Abril repete-se a operação, no topo sul do tabuleiro, nas restantes três vias, no sentido norte-sul. Ao todo serão colocadas oito rampas, quatro em cada faixa de rodagem, com 35 metros de comprimento cada.

Assim, nos próximos três meses haverá condicionamentos de tráfego numa ou noutra das seis vias, entre as 22h00 e as 06h00. Fora deste período, estas mesmas seis vias manter-se-ão abertas ao trânsito.

No final de Julho, a empresa inicia a colocação das mesmas rampas no topo norte do tabuleiro, no sentido Lisboa/Almada.

É a primeira vez que se substituem as juntas de dilatação da ponte, desgastadas com o volume de tráfego de pesados no tabuleiro e as oscilações do comboio. A obra custará cinco milhões de euros e ficará concluída ao fim de sete meses.

Durante o processo de substituição das juntas, os automobilistas terão de circular a 50 quilómetros/hora e respeitar as indicações dadas por elementos das brigadas de trânsito da GNR e PSP.

A circulação ferroviária não sofrerá alterações.