BCE reafirma que deixa de aceitar dívida portuguesa, se a DBRS cortar rating

Mario Draghi assinala que Portugal fez "progressos significativos", mas que persistem "vulnerabilidades".

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Draghi diz que Portugal ainda tem "vulnerabilidades" AFP/FRANK RUMPENHORST

Na véspera de a DBRS anunciar a sua decisão sobre o rating português, o presidente do Banco Central Europeu fez questão de lembrar que, em caso de descida, deixará de aceitar a dívida portuguesa como garantia, assinalando em simultâneo que o país fez “progressos significativos”.

Na conferência de imprensa realizada esta quinta-feira a seguir à reunião do conselho de governadores, Mario Draghi foi questionado sobre o impacto da decisão a tomar pela agência de notação financeira canadiana, que é a única entre as quatro agências internacionais utilizadas pelo BCE a atribuir a Portugal uma nota superior ao nível “lixo”.

“Sabemos que, se houvesse uma descida, os títulos de dívida portugueses deixariam de ser elegíveis [como garantia nos empréstimos e para o programa de compra de activos do BCE]”, afirmou o presidente da instituição.

Logo a seguir, Mario Draghi fez uma curta análise à situação da economia portuguesa. “Temos de reconhecer os passos que foram dados pelo país”, assinalando a existência de “progressos significativos”. No entanto, avisou,  “há ainda muitas vulnerabilidades” que “o Governo conhece”.

Em particular, o presidente do banco central defendeu que deve ser dada prioridade à reestruturação da dívida das empresas e à procura de soluções para o problema do crédito malparado acumulado pela banca.

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