Queda do preço do petróleo ajuda a travar importações

Exportações de bens aumentaram 5,6% em Julho e importações caíram 1,1%.

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A produção de petróleo está a exceder a procura global Fernando Veludo

As exportações de bens mantiveram no passado mês de Julho uma taxa de crescimento positiva, ao mesmo tempo que as importações regressaram, ao fim de quatro meses, a variações negativas, contribuindo para uma redução do défice na balança de bens registado por Portugal.

De acordo com os dados do comércio internacional publicados esta quarta-feira, as exportações de bens cresceram 5,6% em Julho face ao período homólogo do ano anterior, um valor que está muito próximo da média de crescimento que se tem vindo a registar desde o início do ano. Nos primeiros sete meses de 2015, as exportações foram 5,7% superiores às registadas em igual período de 2014.

Em relação às importações, houve em Julho uma clara inversão de tendência. As compras de bens ao estrangeiro caíram 1,1% face ao mesmo mês do ano passado. Este resultado colocou a variação homóloga das importações nos primeiros sete meses do ano em 3,5%.

A contribuir para este resultado está claramente a redução dos preços de um dos bens que maior peso tem nas importações portuguesas: o petróleo. Em Julho, o preço do barril de crude caiu cerca de 10 dólares nos mercados internacionais, de 62 para 52 dólares.

Isto faz com que o preço a pagar por Portugal com o petróleo diminua consideravelmente, mesmo que o volume de compras suba ou se mantenha inalterado. De acordo com o INE, entre Maio e Julho, registaram-se nas importações aumentos em todos as categorias de bens, excepto nos combustíveis e lubrificantes, onde ocorreu uma queda de 18%.

O saldo da balança de bens registou em Julho uma melhoria, mantendo-se contudo negativo nos primeiros sete meses do ano em 5630 milhões de euros.

Os números agora apresentados pelo INE não incluem os serviços, onde Portugal regista um saldo entre exportações e importações positivo.

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