Intermarché e grupo Dia criam central para negociar preços com fornecedores
Empresas querem concorrer com o Pingo Doce e o Continente e vão passar a negociar juntas com os maiores fornecedores em Portugal.
O Intermarché e o grupo Dia anunciaram, nesta quinta-feira, a criação de uma central de negociação conjunta para discutir preços e competir “mais eficazmente” com as duas empresas que lideram o mercado da distribuição nacional, o Pingo Doce e o Continente.
Em nome das duas cadeias de supermercados, a nova organização (de nome Cindia) vai passar a negociar a compra de produtos aos maiores fornecedores de marcas nacionais e internacionais. De fora ficam os produtos frescos, de pesca e todos os que forem produzidos por pequenas e médias empresas.
“A Cindia está mandatada para negociar em exclusivo, já no corrente ano, com os maiores fornecedores de produtos de marcas nacionais e internacionais. O objectivo é o de optimizar as condições de aquisição para ambas as insígnias, melhorando em simultâneo a oferta de serviços aos fornecedores”, referem as empresas, num comunicado conjunto. Esta cooperação abrange apenas Portugal e permite ao Intermarché e ao Dia “competir mais eficazmente com as duas empresas que lideram o mercado da distribuição em Portugal, proporcionando assim vantagens qualitativas e quantitativas aos consumidores, e preservando a dinâmica concorrencial gerada pelas insígnias de ambos os grupos”.
O Intermarché, rede de supermercados que são geridos por empresários independentes, tem 232 lojas em Portugal e um volume de negócios de 1346 milhões de euros. Já o Dia opera com a insígnia Minipreço e tem 630 lojas. No ano passado atingiu um volume de negócios de 816 milhões de euros.