Carlos Alexandre não violou segredo de justiça, volta a dizer Ministério Público

Segunda denúncia anónima contra juiz volta a ser arquivada, tal como tinha sucedido com a primeira.

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Rui Gaudêncio

O Ministério Público arquivou uma vez mais um inquérito que havia aberto depois de receber uma denúncia anónima a dizer que o superjuiz Carlos Alexandre tinha violado o segredo de justiça. Segundo a carta endereçada às autoridades, o magistrado estaria nas mãos do grupo Espírito Santo e da Cofina, empresa proprietária do Correio da Manhã, a quem passaria informações a troco de contrapartidas.

Para dissipar as suspeitas levantadas na carta anónima endereçada às autoridades Carlos Alexandre falou longamente das suas finanças à procuradora do Ministério Público junto do Tribunal da Relação de Lisboa que o interrogou no mês passado. Explicou como contraíu vários empréstimos junto de instituições bancárias, quer para pagar a vivenda que está a construir em Mação, terra onde nasceu, quer para adquirir o carro em que se desloca, um BMW.

Antes disso, em Janeiro, o magistrado já tinha sido inquirido no mesmo tribunal na sequência de uma primeira carta anónima que o acusava igualmente de ter passado informações a jornalistas de vários órgãos de comunicação social sobre o caso do Banco Espírito Santo. Na altura também negou ter violado o segredo de justiça e disse que a denúncia visava afastá-lo daquele processo ou mesmo do próprio Tribunal Central de Instrução Criminal, onde exerce funções.

A Procuradoria-Geral da República confirmou ao PÚBLICO este segundo arquivamento. 

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