Low cost atacam em força e obrigam TAP e Sata a reagir

Easyjet e Ryanair vão inaugurar voos de e para Ponta Delgada.

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TAP deixa de voar para o Faial e Pico, mas reforça a operação para Ponta Delgada PÚBLICO/Arquivo

Os impactos da liberalização do transporte aéreo dos Açores vão fazer-se sentir por causa da investida das low cost. A Easyjet e a Ryanair começam em breve a voar para o arquipélago, com preços que vão obrigar as companhias de aviação tradicionais a ter agilidade. Para os passageiros, há duas grandes diferenças: mais oferta e preços mais competitivos.

A Easyjet foi a primeira a anunciar que vai começar a voar entre Lisboa e Ponta Delgada no final de Março, com quatro frequências semanais (a quarta a partir de Junho). A companhia de baixo custo não descarta, porém, a possibilidade de aumentar a operação. "A liberalização do espaço aéreo trará, sem dúvida, inúmeros benefícios para todos os que voem de e para os Açores com uma redução já notória das tarifas praticadas no mercado", referiu a empresa.

O anúncio da Ryanair veio logo a seguir, ainda em Dezembro. A transportadora aérea vai inaugurar, já a 1 de Abril, dois voos diários entre Lisboa e Ponta Delgada e uma frequência diária entre o Porto e Ponta Delgada. A 4 de Abril, será lançada uma ligação semanal entre Londres e Ponta Delgada. Esta aposta insere-se na abertura de uma nova base aérea da low cost irlandesa no arquipélago.

A Ryanair espera transportar cerca de 350 mil passageiros por ano e diz estar “muito satisfeita” com as reservas efectuadas desde que começou a vender bilhetes, a 9 de Dezembro. Outras low cost mostraram interesse em explorar rotas nos Açores, mas não avançaram até agora.

A investida da Easyjet e da Ryanair já deu lugar a uma resposta da TAP, que decidiu aumentar a oferta para Ponta Delgada, passando de quatro para sete frequências semanais”. A transportadora aérea manterá um voo diário para a ilha Terceira, mas deixará de voar para o Faial e para o Pico já a partir de 29 de Março. Mas estas ligações passarão a ser asseguradas pela Sata, que ficará em exclusivo com as rotas com obrigações de serviço público. A companhia de aviação açoriana, que está numa fase de reestruturação, vai enviar uma proposta ao Instituto Nacional da Aviação Civil para passar a operar estas ligações, às quais acresce a rota de Santa Maria. 

 

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