Alemanha desafia Grécia a apresentar propostas até quarta-feira

Eurogrupo reúne-se quarta-feira para discutir a situação na Grécia.

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Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, anunciou o encontro no Twitter EMMANUEL DUNAND/AFP

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, anunciou esta sexta feira, na sua conta Twitter, que vai se realizar na próxima quarta-feira uma reunião extraordinária dos ministros das Finanças da zona euro para debater a situação na Grécia. E Alemanha desafiou a Grécia a apresentar propostas concretas até esse dia.

Já depois do anúncio da reunião, a Alemanha pediu à Grécia que apresente propostas concretas até quarta-feira.

"Até lá, o Governo grego deve apresentar uma proposta sobre como as coisas devem continuar", declarou Martin Jäger, porta-voz do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble.

"Não é claro neste momento qual é a posição exacta do Governo grego sobre as questões discutidas" e sobre o que deve acontecer nas próximas semanas quando se aproxima o fim do programa", acrescentou o porta-voz de Schäuble.

A convocação da reunião, que acontecerá na véspera de um Conselho Europeu informal, acontece numa altura se está em contagem decrescente para o fim do actual programa de ajuda externa, que termina no final do mês, e num momento em que parece cada vez mais distante a possibilidade de um acordo simples entre a Grécia e os seus parceiros europeus.

Para além do fim do programa, a decisão desta quarta-feira do Banco Central Europeu (BCE) de deixar de aceitar como garantia os títulos de dívida pública gregos nos financiamentos a conceder aos bancos gregos deixa o país sob pressão.

O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, que nos últimos dias tem mantido vários contactos com parceiros europeus, vai estrear-se numa reunião do Eurogrupo.

A reunião extraordinária dos ministros das finanças, a realizar em Bruxelas, pretende preparar o Concelho Europeu do dia seguinte. No encontro, espera-se que o Governo grego apresente um plano que aponte uma solução que lhe permita prolongar o programa de assistência, evitando a entrada em default  (falta de pagamento da dívida do país) .  

A reflectir a incerteza de um acordo com vista à negociação de uma novo acordo, os juros da dívida grega têm estado a subir, para mais de 10%. Também a bolsa, especialmente os títulos da bancários, tem estado em forte queda. O índice FTSE ASE segue a perder mais de 1%.

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