Oi diz que não recebeu proposta para vender PT

Empresa brasileira garante que não tomou qualquer decisão sobre a venda de activos em Portugal, nem recebeu qualquer proposta por eles.

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Oi teve prejuízo de mais de mil milhões de euros em 2014 Rui Gaudêncio

A Oi, que ainda está em processo de fusão com a PT mas que na prática já controla todos os activos da empresa portuguesa, veio garantir ao mercado que não tomou qualquer decisão sobre a venda dos negócios de telecomunicações em Portugal , nem recebeu qualquer proposta por eles.

A Altice, o grupo francês que em Portugal comprou a Oni e a Cabovisão, está já em negociações directas com os accionistas da Oi para comprar a PT. Mas a Oi, instada pelo regulador da bolsa brasileiro a esclarecer as notícias publicadas na imprensa brasileira e portuguesa, vem assegurar que não há decisões tomadas, apesar de ter como objectivo estratégico o reforço e melhoria da sua flexibilidade financeira.

“A companhia reitera que é parte de sua estratégia buscar e analisar alternativas para reforçar e melhorar sua flexibilidade financeira, permitindo aumentar os vencimentos e maturidades da sua dívida, reduzir o custo associado ao financiamento e fortalecer a sua posição de liquidez, inclusive por meio de eventual alienação de activos não estratégicos e participações em controladas”, escreve a Oi num comunicado divulgado esta terça-feira no site da CMVM.

No tocante aos activos em África (detidos através da Africatel), a companhia “procura interessados em sua aquisição, mas, até o momento, não há qualquer acordo, nem foram assinados quaisquer instrumentos ou propostas visando à alienação dos mesmos”.

Relativamente aos activos de telecomunicações em Portugal (a PT Portugal), a empresa frisa que “até a presente data, não existe decisão visando à alienação de seus activos em Portugal, nem tampouco recebeu qualquer proposta para isso”.

O comunicado da Oi é assinado por Bayard De Paoli Gontijo, antigo director de relações com investidores da operadora brasileira, que assumiu o cargo de administrador financeiro quando Zeinal Bava passou a líder executivo e que entretanto já foi apontado como o seu sucessor à frente da Oi num dos blogues da revista Veja. Segundo o comentador brasileiro Lauro Jardim, a posição de Zeinal Bava ficou fragilizada na sequência dos investimentos de 900 milhões de euros da PT na Rioforte.

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