Portugal cresce 2,6% no comércio a retalho e contraria tendência de queda na UE

União regista decida de 0,4% no comércio, com menos vendas de alimentos, bebidas, tabaco, combustíveis automóveis e produtos não alimentares.

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Na UE e na zona euro, as vendas do comércio caíram 0,4% em Julho Nuno Ferreira Santos

Portugal contrariou, em Julho, a queda nas vendas do comércio a retalho na União Europeia, ao registar um crescimento mensal de 2,6% nas vendas. Foi a maior subida entre o conjunto dos 28 países da UE, onde se registou uma contracção de 0,4% nas vendas, segundo dados publicados nesta quarta-feira pelo Eurostat, o gabinete estatístico europeu.

No caso português, o crescimento nas vendas compara com um mês em que o comércio a retalho registou uma diminuição de 1,9%. Já quando se tem em conta as vendas entre Julho deste ano e o mesmo mês do ano passado, o crescimento é de 1,1%. Um desempenho que é largamente superado pelo aumento nas vendas registado, por exemplo, no Luxemburgo (14%), na Estónia (9,2%), na Roménia (6,3%) ou na Lituânia (4,1%).

Tanto na UE como na zona euro houve um crescimento no comércio a retalho face a 2013, mas com variações distintas: o conjunto dos 28 países da União registou um reforço de 1%, enquanto o desempenho dos 18 que partilham a moeda única quedou-se nos 0,8%.

Já na comparação mensal, nos dois casos o desempenho foi negativo, com as vendas a descerem 0,4%. Em relação a Junho, as maiores quedas aconteceram na Áustria (uma contracção de 1,5%), na Alemanha (uma descida de 1,4%) e na Suécia (uma queda de 1,3%).

A diminuição na UE resulta de menos vendas em produtos alimentares, bebidas e tabaco (uma queda mensal de 0,5%), de menos combustíveis automóveis comercializados (uma diminuição de 0,3%) e ainda de uma contracção nas vendas de produtos não alimentares (0,2%).

O abrandamento da economia europeia no segundo trimestre (de 0,3% para 0,2%) reflecte já estas variações. Para além do comércio a retalho, na UE os dados mais recentes da produção industrial (Julho) e da construção (Junho) também são negativos, com quedas mensais de 0,2% e de 0,3%, respectivamente.

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