OCDE pede à Alemanha para promover mais a igualdade de oportunidades
Organização recomenda ao país que aumente Wa capacidade de resistência do sector bancário".
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) apelou esta terça-feira à Alemanha para reforçar os sectores dos serviços e da banca e promover a igualdade de oportunidades, num relatório que assinala a resistência da economia alemã à crise.
A primeira economia europeia "mostrou-se extremamente resistente à crise", nota o relatório da OCDE. A organização deixa, no entanto, algumas recomendações ao país como "aumentar a capacidade de resistência do sector bancário", reforçar o sector dos serviços e tornar o crescimento "mais social", apesar de reconhecer que as desigualdades e a pobreza não são tão acentuadas como noutros países.
"A Alemanha está bem, mas gostávamos que todos tirassem proveito da situação", declarou, numa conferência de imprensa, em Berlim, o director da organização, Angel Gurria, apontando a necessidade de reformar o sistema educativo para uma maior igualdade de oportunidades.
Gurria congratulou-se com a decisão do actual governo, o terceiro liderado por Angela Merkel, de introduzir um salário mínimo a partir de 2015.
As recomendações da OCDE são semelhantes às da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI). A fraqueza do sector dos serviços tem sido apontada na Alemanha como um entrave à procura interna.
O ministro da Economia alemão, Sigmar Gabriel, prometeu, na mesma conferência de imprensa, estar atento a esta situação.A OCDE prevê um crescimento da economia alemã de 1,9% este ano e de 2,3% no próximo, uma previsão ligeiramente mais optimista que a da maior parte das instituições internacionais e do próprio governo alemão, que apontam para 1,8% em 2014 e 2% em 2015.