OCDE pede à Alemanha para promover mais a igualdade de oportunidades

Organização recomenda ao país que aumente Wa capacidade de resistência do sector bancário".

Foto
"A Alemanha está bem, mas gostávamos que todos tirassem proveito da situação", afirmou Gurria Eric Piermont/AFP

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) apelou esta terça-feira à Alemanha para reforçar os sectores dos serviços e da banca e promover a igualdade de oportunidades, num relatório que assinala a resistência da economia alemã à crise.

A primeira economia europeia "mostrou-se extremamente resistente à crise", nota o relatório da OCDE. A organização deixa, no entanto, algumas recomendações ao país como "aumentar a capacidade de resistência do sector bancário", reforçar o sector dos serviços e tornar o crescimento "mais social", apesar de reconhecer que as desigualdades e a pobreza não são tão acentuadas como noutros países.

"A Alemanha está bem, mas gostávamos que todos tirassem proveito da situação", declarou, numa conferência de imprensa, em Berlim, o director da organização, Angel Gurria, apontando a necessidade de reformar o sistema educativo para uma maior igualdade de oportunidades.

Gurria congratulou-se com a decisão do actual governo, o terceiro liderado por Angela Merkel, de introduzir um salário mínimo a partir de 2015.

As recomendações da OCDE são semelhantes às da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI). A fraqueza do sector dos serviços tem sido apontada na Alemanha como um entrave à procura interna.

O ministro da Economia alemão, Sigmar Gabriel, prometeu, na mesma conferência de imprensa, estar atento a esta situação.A OCDE prevê um crescimento da economia alemã de 1,9% este ano e de 2,3% no próximo, uma previsão ligeiramente mais optimista que a da maior parte das instituições internacionais e do próprio governo alemão, que apontam para 1,8% em 2014 e 2% em 2015.

Sugerir correcção
Comentar