Lucros da Galp caem 38% primeiro trimestre

Vendas da petrolífera recuaram perto de 8% para um total de 4125 milhões de euros.

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Galp encerrou 38 estações de serviço em 2013 Paulo Pimenta

Os lucros da Galp Energia caíram 38% no primeiro trimestre, para um total de 47 milhões de euros, em comparação com o mesmo período de 2013. A petrolífera portuguesa justifica a descida com o aumento das amortizações no negócio de refinação e distribuição, que se seguiu ao arranque do complexo de hidrocraqueamento de gasóleo pesado (hydrocracker) para a produção de gasóleo e de jet.

Em comunicado enviado ao mercado, a Galp reporta ainda que as vendas e prestações de serviços entre Janeiro e Março deste ano recuaram perto de 8%, somando 4125 milhões de euros. O resultado operacional também diminuiu quase 12% para 130 milhões de euros. O EBITDA (lucros antes de impostos, depreciações e amortizações) cresceu 4,8% (265 milhões de euros).

A produção total de petróleo e gás natural aumentou 19%, atingindo os 28,1 mboepd (mil barris de petróleo equivalente por dia), sobretudo, graças ao Brasil, onde a Galp viu subir a produção em cerca de 45%. Este crescimento é atribuído “essencialmente à contribuição da área de Lula NE, no campo Lula”. Em Angola, pelo contrário, registou-se uma queda de 7% na produção.

Entre Janeiro e Março, as exportações de produtos petrolíferos para fora da Península Ibérica alcançaram as 600 mil toneladas, menos 41% em comparação com o ano passado, “consequência da menor disponibilidade de produto para exportação devido à paragem geral programada na Refinaria de Sines”, explica a empresa em comunicado. A margem de refinação diminuiu, “reflexo da deterioração das margens nos mercados internacionais”.

Quanto ao volume de vendas a clientes directos (postos de abastecimento de combustível), caiu 1%, para 2,2 milhões de toneladas, um reflexo da “conjuntura económica adversa” na Península Ibérica. A Galp sustenta que as maiores quebras de vendas se registaram nos produtos químicos e bancas marítimas e recorda que no primeiro trimestre do ano passado o período de Páscoa teve uma “influência positiva” nas vendas.

No ano passado, a empresa portuguesa encerrou 38 estações de serviço na Península Ibérica e em África, ficando com um total de 1438 postos de abastecimento.

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