ANA foi responsável por 75% dos passageiros da nova accionista Vinci em 2013

Gestora aeroportuária contribui com receitas de 125 milhões de euros a partir de Setembro.

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Aeroporto de Lisboa recebeu mais de 14.790 mil passageiros no ano passado Miguel Manso

A ANA foi responsável, em 2013, por quase 75% dos passageiros de toda a rede de aeroportos detida pelo seu novo accionista, a Vinci. Os resultados do grupo francês, divulgados esta quarta-feira, mostram que a empresa nacional, cuja privatização estava acordada com a troika, contribuiu com receitas de 125 milhões de euros a partir de Setembro.

Os resultados da ANA só passaram a estar reflectidos nas contas da Vinci a partir de 17 de Setembro, data em que a venda foi formalizada, depois de o grupo francês ter vencido a corrida à compra da gestora aeroportuária, de um lote de quatro candidatos, em Dezembro de 2012.

No ano passado, a Vinci gerou receitas de 40.338 milhões de euros, o que significou um acréscimo de 4,4%. O contributo da ANA, que diz respeito apenas a três meses e meio de actividade, vale apenas 0,3% do total. O novo accionista da empresa registou igualmente um aumento nos lucros, que atingiram quase 2000 milhões de euros, após um incremento de 2,3%. A dívida financeira também cresceu para 14.100 milhões de euros, ou seja, mais 1.600 milhões do que em 2012.

Recorde-se que, no processo de privatização, a Vinci pagou 1200 milhões de euros pela compra de acções da ANA e assumiu 700 milhões de euros de dívida da gestora aeroportuária. Outros 1200 milhões foram pagos para ter direito à concessão dos aeroportos nacionais por um período de 50 anos. No total, o grupo ofereceu 3080 milhões de euros, tendo sido a melhor proposta financeira de entre as que estavam a concurso.

Os mais de 32 milhões de passageiros movimentados nos dez aeroportos portugueses em 2013, após um crescimento homólogo de 5%, representam quase três quartos do tráfego da Vinci, que atingiu 42,9 milhões no ano passado. No entanto, de entre as concessões que a Vinci detém no sector, foi nas infra-estruturas aeroportuárias que gere no Camboja que registou um aumento mais significativo (17,7%), embora a base seja muito menor (5,1 milhões de passageiros). Já em França, a subida foi de 6,9% para 5,8 milhões. 

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