PSD diz que défice até Julho transmite convicção que metas serão cumpridas

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Duarte Pacheco diz que a execução orçamental está a decorrer conforme o planeado

O PSD congratulou-se hoje com o facto da execução orçamental estar a decorrer como planeado, considerando que o défice até Julho transmite a convicção que a meta fixada para o final do ano será cumprida.

"A execução orçamental está a decorrer conforme o planeado, o défice dos primeiros sete meses do ano transmite a convicção que a meta fixada pela ‘troika' para o terceiro trimestre será respeitada e, se expurgarmos as receitas extraordinárias ocorridas em 2012, há mesmo uma melhoria em cerca de 480 milhões de euros do défice do Estado", afirmou o deputado do PSD Duarte Pacheco, numa reacção à síntese de execução orçamental de Julho, publicada hoje pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO).

Duarte Pacheco, que falava aos jornalistas na sede do partido, atribuiu este resultado ao aumento da receita fiscal, que está acima do orçamentado, e ao facto da despesa total do estar a subir abaixo do previsto no Orçamento.

"Este controle apertado da despesa é bem evidente na queda absoluta nos valores da despesa corrente", sustentou, destacando as ‘rubricas' da queda na aquisição de bens e serviços e a queda da despesa em salários da função pública.

O deputado social-democrata considerou, assim, que os resultados agora conhecidos permitem ter "a esperança que o Orçamento seja totalmente respeitado em termos de valor de défice no fim do ano", apesar de todos os "riscos" que existem.Questionado sobre o facto do défice da administração pública central estar acima dos cinco mil milhões de euros, Duarte

Pacheco recordou que "a meta do défice para o terceiro trimestre negociado com a troika é de 7,3 mil milhões".

Ou seja, frisou, está-se na casa dos 5 mil milhões, "abaixo da meta para este trimestre".

"Temos toda a convicção quer pelo comportamento positivo das receitas, quer pelo controlo apertado da despesa, que tem que se manter, que esta meta de 7,3 mil milhões acordada para o terceiro trimestre será respeitada", acrescentou, insistindo, contudo, que "os riscos" e "as dificuldades existem".

"Mas, a nossa convicção é que está perfeitamente controlado o valor acordado com a ‘troika'", reiterou.Segundo dados hoje divulgados pela DGO o défice da Administração Central até Julho deste ano registou uma melhoria de 486,2 milhões de euros face ao mesmo período de 2012, excluindo as operações extraordinárias registadas até Julho de 2012.

De acordo com a síntese de execução orçamental de Julho, publicada hoje pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO), o saldo da Administração Central situou-se nos -5.520 milhões de euros, o que compara com um défice de 3.384,5 milhões verificado no mesmo período de 2012, ou seja, uma deterioração superior a dois mil milhões de euros.

No entanto, estes valores estão influenciados por operações de caráter extraordinário que ocorreram nos primeiros sete meses de 2012 e que impedem a comparabilidade entre os dois períodos.

Ainda de acordo com a DGO, o Estado arrecadou mais de 19 milhões de euros em impostos até Julho deste ano, um aumento de 7,6% face ao mesmo período de 2012 e acima da estimativa do Orçamento Rectificativo.

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