O governador do Banco de Portugal fez nesta sexta-feira um novo apelo ao consenso político e social, como condição imprescindível para Portugal conseguir sair do actual programa de ajustamento de forma bem-sucedida.

“Julgo que era bom chegarmos a um consenso político alargado, acompanhado de um consenso dos parceiros sociais também alargado", disse Carlos Costa, na sua intervenção no debate promovido pelo Presidente da República em Lisboa com um conjunto de economistas portugueses.

Uma das questões em que o governador considera ser imprescindível obter um acordo é o do ritmo da consolidação orçamental que terá de ser feita nos anos seguintes à saída da troika de Portugal.

Carlos Costa sugere um objectivo que diz ser menos agressivo, para que se leve em conta a necessidade de redução do nível de tributação. "O bónus do crescimento não deve ser usado para aumentar a despesa como no passado, mas sim para reduzir a tributação e reduzir a dívida", defendeu, reafirmando que "é necessário chegar a um consenso nesta questão": "É importante chegarmos a acordo quanto ao objectivo para a redução da dívida".