A Makro anunciou hoje que chegou a acordo com 179 trabalhadores das suas lojas para rescisão voluntária. O total de eliminação de postos de trabalho será superior a 200 mas ainda não há um número final. Sede passa para Madrid e loja de Aveiro vai fechar.

No início de Março, a cadeia grossista anunciou ter proposto a todos os 1500 trabalhadores em Portugal a rescisão voluntária do contrato de trabalho ou a redução do regime laboral para part-time. Hoje, o grupo forneceu alguns resultados dessa estratégia: houve 209 funcionários que "apresentaram as suas candidaturas de rescisão por acordo mútuo, quer das lojas quer da sede da empresa", conforme indica o comunicado da Makro.

Deste número, 189 foram entregues por trabalhadores das lojas do grupo, tendo sido aceites 179. Outras vinte candidaturas foram entregues por funcionários da sede da empresa, mas sobre estas a empresa não indica quantas foram aceites. Ao mesmo tempo, a Makro avançou que irá encerrar a loja de Aveiro no dia 15 de Julho, passando a contar com dez lojas, um processo que afecta 54 trabalhadores. Alguns destes, segundo fonte oficial da empresa, terão participado no processo de candidaturas de rescisão por mútuo acordo, e outros "poderão ser integrados nas lojas mais próximas", sem adiantar números.

A empresa anunciou ainda que vai passar a sede da Makro Portugal para Madrid, ficando com um escritório em Lisboa. Esta estratégia vai ter também impactos nos postos de trabalho, com "uma diminuição de 95 colaboradores em Portugal" até ao final do ano, conforme se lê no comunicado da empresa. Não é claro quantas pessoas ficarão no desemprego, já que a Makro afirma que algumas serão integradas "na nova sede central agora criada em Madrid". No entanto, muitos serão alvo de despedimento.
A Makro está em Portugal desde 1990, altura em que inaugurou a primeira loja em Alfragide. Actualmente tem 11 unidades, tendo facturado 400 milhões de euros em 2010. A nível global, a Makro pertence ao grupo Metro (dono da Media Markt), que facturou cerca de 67 mil milhões de euros em 2011.

Em Portugal, o mercado do cash & carry é dominado pelo Recheio (do grupo Jerónimo Martins) e pela Makro, que, juntos, têm uma quota de 60%.

com mais informação sobre o processo de redução dos postos de trabalho e clarificando que o número de 179 trabalhadores apenas se refere aos funcionários das lojas.