Volume de negócios das empresas portuguesas caiu 1,9% em 2013

O número de empresas aumentou ligeiramente em 2013, mas as receitas caíram, assim como o número de empregados, diz o INE.

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Obrigatoriedade do registo nas finanças de agricultores com actividade comercial fez subir número de empresas individuais Público

Segundo o retrato divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2013 havia 1.119.447 empresas no país (mais 3% do que em 2012), mas o volume de negócios global encolheu 1,9%, para 353 mil milhões de euros. E o número de empregados caiu 0,9%, para um total de 3.480.731 pessoas ao serviço.

O ligeiro crescimento no número de empresas fez-se essencialmente pelo aumento dos nascimentos de empresas individuais (57%). Uma evolução que o INE explica pela obrigatoriedade de registo nas finanças de todos os agricultores com actividade comercial, que acrescentou cerca de 50 mil empresas ao universo total de nascimentos (quase 201 mil). No total, em 2013 existiam 756.161 empresas individuais e 363.268 sociedades.

O INE destaca ainda que a redução do volume de negócios e do emprego foi mais significativo nas empresas financeiras (-10,7% e -3,0%, respectivamente), do que no sector não financeiro (-0,7% e -0,8%, respectivamente)

No sector não financeiro existiam 957 grandes empresas que representaram 41,2% do volume de negócios total. Enquanto o Valor Acrescentado Bruto (VAB) cresceu nas pequenas e médias empresas (1,2% e 1%, respectivamente), recuou 0,9% nas microempresas e 0,7% nas grandes empresas. O INE sublinha que, entre 2010 e 2013, a queda do valor da produção, assim como do pessoal ao serviço foi particularmente acentuada no sector da construção e das actividades imobiliárias.

O INE também refere que no sector não financeiro houve um decréscimo de 3,4 pontos percentuais na proporção de sociedades com resultados líquidos, para 47,7%, atingindo-se um valor de 11,6 mil euros por sociedade.

O peso das sociedades com perfil exportador subiu entre 2010 e 2013. O INE refere que estas sociedades “evoluíram de forma mais positiva” que as não exportadoras em 2013, “observando-se um aumento do excedente bruto de exploração por sociedade superior ao das não exportadoras”.

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