Uma semana negra para dois grupos financeiros na bolsa

ES Financial e Banif sofreram fortes desvalorizações.

A semana bolsista que passou foi de altos e baixos. O PSI 20 arrancou com um excelente desempenho, deu um tombo na quarta-feira e acabou a semana com um ganho acumulado de 1,04%.

A navegação continua a ser um pouco à vista para os investidores: sinais de descompressão na área do euro, com a união bancária a avançar finalmente, indicadores económicos mais favoráveis, mas, também, um aumento da tensão na Ucrânia, que não deixa de produzir ondas de choque com impactos a um nível global.

Na frente interna, a semana foi negra para dois grupos bancários. A Espírito Santo Financial Group (ESFG), que controla o BES, fechou as quatro sessões de bolsa com uma queda de 13%, o que pode ser atribuído, ainda, às atribulações em que o grupo liderado por Ricardo Salgado está metido.

Mas ainda na zona do sector financeiro, o Banif teve também direito a uma desvalorização na ordem dos dois dígitos, a rondar praticamente os 11,5%. Neste caso, a causa directa é o aumento de capital que o banco vai realizar, com o preço das acções fixadas em apenas um cêntimo, ou seja, abaixo do nível de cotações que vinha registando.

A novidade é que, ao contrário do que chegou a noticiar-se, o banco desistiu de uma operação desenhada para acolher capitais da Guiné-Equatorial e abre-se, portanto, ao mercado.

Do lado dos motivos para festejo, encontra-se o principal protagonista da semana, a Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, que viu a cotação crescer 5,56% na semana útil. Foi seguida a curta distância pela EDP (5,12%) e pelo banco BPI, que nos quatro dias acumulou um ganho de 3,32%. José Manuel Rocha

 

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