Start-ups dependem cada vez mais das exportações

Percentagem de empresas que exportam no primeiro ano de vida aumentou para 10%, diz estudo. Start-ups já representam 18% do emprego criado em Portugal todos os anos.

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Nas empresas que exportam, 67% das vendas são obtidas fora de Portugal Enric Vives-Rubio

A percentagem de empresas que exportam no primeiro ano de vida aumentou de 8%, em 2007, para 10% em 2013. E, nestas, mais de metade do volume de negócios foi conseguido no estrangeiro, em concreto 67%, a percentagem mais alta desde 2007.

De acordo com o estudo O Empreendedorismo em Portugal: 2007-2014, elaborado pela Informa D&B, as start-ups representam em média 18% do emprego criado em Portugal todos os anos. As que foram criadas há menos de cinco anos valem 46% dos postos de trabalho gerado em cada ano. Actualmente, 34% das empresas em Portugal são consideradas start-ups. Valem 9,6% do volume de negócios do tecido empresarial e 15% do emprego.

“Os sectores da agricultura, pecuária, pesca e caça (+16%), telecomunicações (+10%) e alojamento e restauração (+4%) são os que registam maior crescimento médio anual de novas empresas no período de 2007 a 2013”, analisa a Informa D&B. No lado oposto estão a construção, as imobiliárias, os serviços ou o retalho, que perderam atractividade.

Quanto ao perfil destas empresas, a sociedade unipessoal (com apenas um sócio) passou a ser a forma jurídica mais escolhida na hora de fundar uma empresa, cenário diferente de 2007, quando 60% das novas empresas tinham dois ou mais sócios. A maioria das novas organizações tem, agora, um capital social mais baixo, até porque a partir de Abril de 2011 passou a ser possível abrir uma empresa com um capital de um euro por sócio. Em 2014, 50% das sociedades foram constituídas com um capital inferior a cinco mil euros.

Quanto ao volume médio de negócios, caiu em relação a 2007. Nesse ano era de 86 mil euros e em 2013 foi de 74 mil euros. O número médio de empregados também é inferior: de 2,4 trabalhadores para 2,1.

 

 

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