Sonae indústria refinancia dívida com os bancos credores

Efanor, de Belmiro de Azevedo, compromete-se a sobrescrever aumento de capital no mínimo de 75 milhões de euros

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Belmiro de Azevedo garante que vai voltar a estudar, uma preocupação que o acompanhou ao longo da sua carreira. Nélson Garrido

A Sonae Indústria, detida maioritariamente por Belmiro de Azevedo, através da Efanor Investimentos, anunciou esta terça-feira um acordo de refinanciamento da sua dívida com os dois principais bancos credores.

Com o acordo, “a Sonae Indústria conseguirá refinanciar um montante entre 300 e 325 milhões de euros de dívida (variável em função do encaixe do aumento de capital previsto, conforme comunicado no dia 7 de Maio de 2014) em condições significativamente mais favoráveis”, adianta a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O comunicado adianta que que as condições mais favoráveis se verificarão “não só em termos de perfil de maturidade (prorrogando a respectiva maturidade final para prazos entre 6 e 8 anos, incluindo um período de carência mínimo de reembolsos de capital de 3 anos), mas também em termos de custo de dívida”.

Adicionalmente, a Sonae Indústria chegou também a acordo com vista à extensão, até 30 de Setembro de 2016, do contrato de securitização de créditos comerciais, cujo montante máximo é de 85 milhões de euros.

A concretização dos dois acordos está dependente da realização de um aumento de capital, com um encaixe mínimo de 75 milhões de euros, anunciado em Maio. O accionista maioritário da Sonae Indústria, a Efanor Investimentos, SGPS, “já se comprometeu a subscrever, directa ou indirectamente, um montante mínimo de 75 milhões de euros nesse aumento de capital”, refere a informação enviada ao mercado.

O aumento de capital anunciado em Maio, dos actuais 700 milhões de euros para o máximo de até 850 milhões de euros, será realizado por novas entradas em dinheiro.

A Sonae indústria tem em curso um plano de reestruturação, iniciado há 18 meses, com “o objectivo de optimizar a presença industrial”.

No primeiro semestre, os resultados líquidos atribuídos aos accionistas foram negativos em 38 milhões de euros, contra 29 milhões de euros em igual período do ano anterior, com o EBITDA registou uma evolução positiva de 8%.

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