Sete hotéis Tivoli já estão nas mãos dos tailandeses da Minor

Grupo hoteleiro comprou terrenos e edifício do Tivoli Oriente por 38,5 milhões de euros depois de, no início do ano ter ficado com activos do Brasil e vários em Portugal.

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A mudança de mãos dos Hotéis Tivoli contribuiu para estes números Carla Rosado

O grupo tailandês Minor Hotel Group (MHG) confirmou nesta quinta-feira que comprou o terreno e o edifício do Tivoli Oriente, em Lisboa, passando a deter um total de cinco hotéis da cadeia hoteleira, que pertencia à Rioforte/Grupo Espírito Santo e está em Processo Especial de Revitalização (PER).

Em comunicado, o MHG revela que o negócio de 38,5 milhões de euros “inclui o direito de propriedade do terreno e dos activos do hotel, que se encontram arrendados a uma terceira parte”. Trata-se do Fundo de Investimento gerido pela GNB Gestão de Activos (antiga ESAF), dono da marca Tivoli Hotels & Resorts em Portugal.

Enquanto durar este contrato de arrendamento, o hotel vai continuar a operar como Tivoli Oriente e a ser gerido pela actual direcção. “No final do termo de arrendamento, o MHG irá decidir se continuará a arrendar a propriedade ou se passará a assumir a gestão do activo”, refere o grupo, sem especificar a duração do contrato.

No início do ano, a empresa tailandesa - que detém e gere hotéis e resorts em 19 países da Ásia Pacífico, Médio Oriente ou África – desembolsou 168 milhões de euros por dois hotéis Tivoli no Brasil e quatro imóveis da cadeia hoteleira do Grupo Tivoli localizados em Portugal. A compra incluiu a operação hoteleira e os direitos da marca no Brasil.

“O investimento feito na operação de aquisição do Tivoli Oriente não é mais que a continuação da implementação da estratégia do grupo, que pretende construir uma forte presença na Europa e, mais especificamente, em Portugal”, refere Dillip Rajakarier, CEO da Minor Hotel Group e director de operações da Minor International.

Dillip Rajakarier disse ainda que o total de sete hotéis Tivoli que passam para as mãos do MHG (cinco em Portugal) “representam em valor a maioria das 14 propriedades associadas à marca Tivoli”. “Acreditamos que o potencial de expansão da marca pode ajudar a criar uma presença mais forte, bem como um activo de propriedade intelectual cada vez mais relevante para o grupo,” acrescentou.

A Tivoli Hotels & Resorts recorreu ao PER em duas das suas empresas, a Hotéis Tivoli e a Marinotéis. O pedido foi precipitado pelo atraso na alienação do grupo em Portugal, devido ao processo de insolvência da Rioforte. Na área do turismo, a empresa do GES conseguiu vender a ES Viagens à Springwater Capital.

Ontem, um grupo de trabalhadores entregou uma petição no Tribunal da Relação de Lisboa a apelar à rápida conclusão dos PER. No documento, assinado por cerca de 700 dos 1100 trabalhadores, manifestam preocupação com o futuro da empresa caso o PER falhe. “O objectivo é sensibilizar os tribunais para a urgência de concluir este processo.

O futuro da empresa e dos seus trabalhadores só depende da aprovação deste PER. Acreditamos que a marca tem todas as condições para continuar a ser uma referência no sector do Turismo em Portugal”, disse ontem António Leitão, funcionário dos Hotéis Tivoli desde 1970. A petição teve o apoio da actual administração.

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