O relatório do Tribunal de Contas (TdC) sobre a Segurança Social dá números a uma percepção mais ou menos generalizada: nem o Governo, nem a troika conseguiram fazer uma reforma de fundo nas pensões. E recorda que bastou ter havido a reposição do pagamento dos subsídios e a actualização das pensões mínimas para que a despesa com as pensões invertesse a trajectória decrescente.

O TdC fala em “precariedade das medidas aplicadas, mais centradas no objectivo de curto prazo”, para se referir aos esforços para tentar assegurar a sustentabilidade do sistema. A análise não tem em conta a contribuição de sustentabilidade que o Governo quer aplicar a partir de 2015. E se o outro tribunal, o Constitucional, chumbar esta quinta-feira esta contribuição, o executivo ficará então com um duplo problema para resolver: o da sustentabilidade das pensões, e um novo no Orçamento.