Receitas das portagens e da contribuição rodoviária subiram 80 milhões

Contas operacionais da Infraestruturas de Portugal, antiga Estradas de Portugal, cresceram graças a aumento de 28% da receita obtida com a Contribuição do Serviço Rodoviário e de 7%de portagens.

As receitas operacionais do sector rodoviário da Infra-estruturas de Portugal (IP) subiram 80 milhões de eurosno primeiro semestre devido à decisão política de aumentar a tarifa da Contribuição do Serviço Rodoviário (CSR) - a componente que é retirada dos impostos cobrados na venda do combustível em dois cêntimos por cada litro e que entrou em vigor com o orçamento de Estado de 2015 - e graças ao aumento de 7% das receitas de portagem em termos homólogos.

No relatório das contas semestrais que foi disponibilizado ao mercado nesta terça feira pela IP pode verificar-se que o aumento praticado na tarifa permitiu o crescimento de 71,5 milhões de euros cobrados a mais face ao primeiro semestre de 2014, o que significa um aumento de 28% desta receita. Já as receitas de portagem aumentaram 8,2 milhões de euros, e fixaram-se nos 127,2 milhões de euros.

As ex-Scut permitiram uma cobrança de cerca de 111 milhões de euros (um crescimento de 7% face ao primeiro semestre de 2014), onde se destaca a concessão do Algarve como aquela em que se verificou um maior aumento de receita (16%). Já a facturação das portagens nas subconcessões (as portagens de terceira geração lançadas pela então Estradas de Portugal) tiveram  “um fraco desempenho” e ficaram-se pelos dez milhões de euros.

O aumento dos gastos operacionais em quase 53 milhões de euros é, sobretudo, explicado pelas despesas com a construção rodoviária do túnel do Marão – cuja subconcessão foi resgatada pelo Estado e está agora sob alçada directa da IP. Neste semestre, os gastos com esta auto-estrada atingiram os 49,4 milhões de euros. Os custos com pessoal desceram cerca de 1%, com a empresa a reduzir o seu quadro em 135 colaboradores.

Em termos de resultados consolidados, a empresa pública atingiu crescimento do EBITDA de 71,5 milhões de euros (+29%), atingindo os 319,7 milhões no primeiro semestre de 2015. A Infraestruturas de Portugal sublinha que se mantém na posição “de maior empresa portuguesa em termos de activos, com um total de 26,6 mil milhões de euros, um acréscimo de 523 milhões face a idêntico período de 2014”.

A redução da dívida líquida atingiu os 650 milhões de euros, conseguida por aumentos de capital que atingiram no primeiro semestre os 1168 milhões de euros.

As Parcerias Público Privadas também obrigaram a um aumento expressivo da despesa, de quase 150 milhões de euros: os pagamentos para as concessões, que incluem as ex-Scut, atingiram 533 milhões de euros; e os pagamentos às subconcessões cresceram 106,8 milhões de euros, para atingir uma factura de 238 milhões de euros. Explica a IP que “o início do pagamento da subconcessão do Pinhal Interior em 2015 e os primeiros pagamentos de reconciliação das restantes subconcessões” justificam estes aumentos. "Ainda assim esta diferença será esbatida no segundo semestre por efeito do retorno ao regular pagamento das subconcessões", lê-se no comunicado. 


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