As receitas da Vodafone Portugal caíram 4% no primeiro semestre fiscal, terminado em Setembro, para 550 milhões de euros, enquanto o EBITDA recuou 8%, para 210 milhões.

Segundo a Vodafone, que divulgou nesta terça-feira os resultados consolidados do primeiro semestre fiscal, terminado em Setembro, as receitas em Portugal recuaram 4%, para 460 milhões de libras, aproximadamente 550 milhões de euros, enquanto o EBIDTA caiu cerca de 8%, para 176 milhões de libras (210,4 milhões de euros). O resultado operacional caiu 15%, para 90 milhões de libras (quase 108 milhões de euros).

Quanto ao investimento e ao free cash flow operacional, enquanto o primeiro subiu 20%, para 54 milhões de libras (cerca de 65 milhões de euros), o segundo encolheu na mesma proporção, para 99 milhões de libras (118 milhões de euros).

A Vodafone refere que as receitas de serviço recuaram 9,8% em Portugal, em virtude do ambiente macroeconómico, da concorrência e da redução das tarifas de terminação, mas destaca que a base de clientes de banda larga em Portugal aumentou graças ao investimento em redes de fibra óptica. Segundo os dados disponibilizados pela empresa, entre Junho e Setembro, o número de clientes com banda larga fixa subiu de 113 mil para 133 mil.

Receita mensal média recuperou
Em contrapartida, entre o primeiro e o segundo trimestre fiscais, a operadora perdeu 41 mil clientes móveis, finalizando o trimestre com um total de 5,896 milhões de clientes (dos quais 81,6% pré-pagos). Ainda assim, a receita mensal média por cliente recuperou ligeiramente face a Junho, subindo de 11,7 euros para 12,1 euros e interrompendo a tendência de queda dos últimos trimestres.

Em termos consolidados, as receitas do grupo Vodafone no primeiro semestre fixaram-se em 22.000 milhões de libras (26.000 milhões de euros), uma quebra de 3,2% face ao período homólogo, enquanto o EBITDA recuou 4%, para 6.600 milhões de libras (7.800 milhões de euros).

A empresa anunciou que reforçou o plano de investimento na modernização das suas redes, o denominado “Project Spring”, prevendo que este atinja cerca de 7.000 milhões de libras até 2015 (mais de 8.000 milhões de euros).

Na prática, isto representa um investimento adicional de mais mil milhões de libras (cerca de 1.200 milhões de euros) face ao previsto na modernização de infra-estruturas que permitam a oferta de serviços integrados de televisão, voz e Internet e, consequentemente, o aumento das receitas.