PS quer na comissão sobre swap todos os secretários de Estado do Tesouro desde 2003

Políticos e gestores são chamados a responder pelos contratos de risco financeiro.

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A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, pode não contar com receitas extraordinárias para cortar o défice NUNO FERREIRA SANTOS

No âmbito desta comissão parlamentar de inquérito, o PS foi a última bancada a divulgar a lista de nomes de personalidades e de entidades que propõe ouvir.

Na lista apresentada pelo PS, constam vários elementos ligados ao actual Governo, casos da titular da pasta do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, e dos ex-secretários de Estado Braga Lino e Juvenal Peneda - os três referenciados em algumas contratações de swap.

Ao longo dos trabalhos, os deputados socialistas querem também ouvir presidentes de conselhos de administração de empresas com contratos swap, designadamente a Carris, Metropolitano de Lisboa, Metro do Porto, STCP, Egrep, Refer, CP, APL, Transtejo, ANA, TAP, Parpública, SIMAB, entre outras.

Em paralelo, o PS também solicita audições com responsáveis de instituições financeiras que assinaram contratos swap com empresas públicas nacionais, com o presidente da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários, o ex-ministro Carlos Tavares, e com o responsável pela supervisão bancária no Banco de Portugal.

A comissão parlamentar de inquérito sobre contratos de risco financeiro é presidida pelo ex-ministro socialista Jorge Lacão, tomou posse no passado dia 29 e tem para terça-feira marcada nova reunião.

A comissão parlamentar aos contratos de risco financeiro, swap, foi pedida pela maioria PSD/CDS e mereceu aprovação unânime em plenário no passado dia 10.

Todas as bancadas parlamentares querem apurar os motivos que levaram várias empresas públicas nacionais a assinar um elevado número de contratos de risco financeiro - contratos que poderão envolver perdas potenciais na ordem dos três mil milhões de euros.

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