Portugueses subscreveram mais de 5000 milhões em Certificados do Estado

Remuneração dos Certificados de Aforro e de Poupança Mais vai ser reduzida em Fevereiro.

Foto
Portugueses confiam mais poupança ao Estado. Pedro Cunha

O ritmo de subscrição de produtos de dívida pública destinados a particulares continuou a acelerar no mês de Dezembro, elevando, no acumulado dos 12 meses, para mais de cinco mil milhões de euros o total de novas subscrições de Certificados de Aforro (CA) e de Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM).

Os CTPM mereceram a preferência dos particulares, com as subscrições a atraírem 3021 milhões de euros, elevando o saldo total deste produto para 5047 milhões de euros.

Os dados do IGCP, o instituto que gere a dívida pública, divulgados esta sexta-feira, mostram que as subscrições de CA ascenderam a 2010 milhões de euros no acumulado do ano. O saldo acumulado deste produto atinge 12.142 milhões de euros.

Os valores de subscrição de Dezembro comprovam a maior atractividade dos CTPM, que atraíram 354 milhões de euros. Este produto a cinco anos tem taxas crescentes, que no quarto e quinto ano atinge os 5% brutos.

Os CA, com taxas actuais de 3% ilíquidas, atraíram em Dezembro 240 milhões de euros, mas como se registaram 70 milhões de euros de resgates, a subscrição líquida desce para 170 milhões de euros.

O mês de Janeiro deverá revelar valores de subscrição ainda maiores, porque o Governo anunciou entretanto que vai reduzir a taxa de rentabilidade destes produtos, com efeitos a partir de Fevereiro. De acordo com as garantias da secretária de Estado do Tesouro, as subscrições feitas até ao final da próxima semana mantêm as condições actuais.

De acordo com o boletim de Janeiro do IGCP, em 31 de Dezembro, o saldo da dívida directa do Estado cifrou-se em 217.126 milhões de euros, o que representa uma redução de 0,5% face a Novembro.

A edição de Janeiro da revista Proteste Investe, da Deco Proteste, aconselha os aforradores a canalizarem as suas poupanças para os CA, se o prazo de aplicação for por dois anos, e para os CTPM, se o prazo ficar acima desse prazo. Os CA garantem uma remuneração líquida que não desce abaixo dos 2% até 2016.

No momento de escolha entre CA e CTPM é preciso ter em conta que o período de imobilização do capital é de três meses no primeiro produto e de um ano no segundo.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários