Portugal coloca máximo previsto de bilhetes do tesouro

Taxa média ponderada desceu no leilão a três meses e subiu na emissão a 12 meses.

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Sucesso do novo produto do Estado vai depender da rentabilidade Rui Gaudêncio

Portugal colocou o máximo previsto de 1750 milhões de euros em bilhetes do tesouro a três e a 12 meses, mantendo uma procura sólida. Os investidores apostaram no cumprimento das metas do resgate financeiro, considera a Reuters.

A taxa média ponderada da colocação de bilhetes do tesouro a três meses desceu de 0,757% para 0,743%,face ao último leilão realizado a 20 de Março, ao passo que a taxa da emissão a 12 meses subiu para 1,394%, face a 1,27% e, 21 de Fevereiro.

A procura a três meses foi 4,8 vezes superior à oferta e foram colocados 250 milhões de euros. Já nos bilhetes do tesouro com vencimento em Abril (12 meses), a procura foi o dobro da oferta. Foram colocados 1500 milhões de euros.

“A emissão de dívida pública de curto prazo foi um não evento. Realmente não esperava surpresas e não as tivemos”, comenta Filipe Silva, da gestão de activos do Banco Carregosa. “A única curiosidade a registar é que a Alemanha fez também esta manhã um leilão a dez anos e conseguiu uma taxa de 1,28%, que é o que Portugal paga por empréstimos a 1 ano”, acrescenta.

Por seu lado, Ricardo Marques, analista de dívida da IMF – Informação de Mercados Financeiros, refere que este foi mais um leilão positivo. “À semelhança dos leilões anteriores, nota-se que o IGCP tem maior interesse nos prazos longos, garantindo financiamento durante mais tempo".


 

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