Portugal coloca 2500 milhões de euros em dívida com fortes descidas nos juros

Quebra nos juros nas três maturidades vem em linha com o desempenho da dívida portuguesa no mercado secundário. A procura superou sempre o dobro da oferta.

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Quebras nos juros foram mais significativas na dívida a três meses Foto: Patrícia de Melo Moreira/ AFP Photo (arquivo)

Portugal conseguiu uma queda significativa de juros nas três maturidades negociadas no leilão desta quarta-feira, o primeiro de 2013. Os resultados deste leilão confirmam a tendência de descida das taxas de juro exigidas para a dívida portuguesa no mercado secundário (dívida em segunda mão), como afirma numa nota de imprensa Filipe Silva, Director da Gestão de Activos do Banco Carregosa.

O IGCP cumpriu o objectivo e colocou no mercado primário a totalidade dos 2500 milhões de euros. A maior fatia da dívida - 1200 milhões de euros - foi colocada a 12 meses. A 18 meses o IGCP colocou mil milhões de euros e, a três meses, foram emitidos 300 milhões de euros em bilhetes do Tesouro.

O responsável do Banco Carregosa associa os resultados positivos do leilão desta quarta-feira com “uma descida na percepção de risco” em relação à dívida pública nacional. Filipe Silva destaca ainda o facto de a procura superar o dobro da oferta em todas as maturidades.  

Para os 1200 milhões de euros negociados a 12 meses foram exigidos 1,60% de juros, menos 0,5 pontos percentuais do que a taxa de 2,1% exigida no último leilão. A procura superou 2,3 vezes a oferta destes bilhetes.

A 18 meses foram colocados mil milhões de euros, a segunda maior porção, com a procura a ultrapassar 2,7 vezes a oferta. Nesta maturidade, os juros caíram dos 2,99% registados em Novembro de 2012 para os 1,96% desta quarta-feira, mais de um ponto percentual.

Já nos 300 milhões de euros que foram colocados em bilhetes de três meses, a queda dos juros foi de 1,3 pontos percentuais: dos 1,936% do leilão de Novembro para os 0,667% do leilão desta quarta-feira. Nesta maturidade, a procura superou 3,7 vezes.
 

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