Pedro Reis deixa presidência da AICEP

Gestor afirma que ficará no cargo até ser nomeado o sucessor.

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Mandato de Pedro Reis na AICEP tinha terminado em Dezembro Pedro Cunha

Pedro Reis, o actual presidente para a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), optou por não ter um segundo mandato à frente da instituição pública. “Comuniquei ao primeiro-ministro a minha intenção de sair” da AICEP, afirmou ao PÚBLICO o gestor, acrescentando que irá permanecer no cargo até à nomeação de uma nova administração.

Um processo que Pedro Reis, cujo mandato acabou em Dezembro, diz esperar que “não seja muito prolongado”. O gestor tinha sido nomeado em Novembro de 2011. Formalmente, a AICEP depende do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que delegou essa responsabilidade para o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, que distribuiu responsabilidades pelo Ministério da Economia e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Sobre qual será o seu próximo desafio profissional, Pedro Reis respondeu apenas que só “irá pensar nesse tema quando sair da AICEP”, e que, depois disso, “tudo dependerá das hipóteses que aparecerem, seja no sector público ou no privado”.
O Jornal de Negócios, no entanto, já noticiou que o gestor está a caminho da presidência da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), a nova entidade do Estado que o Governo está a constituir para gerir os fundos europeus para as empresas, mais conhecida como Banco de Fomento.

Questionado pelo PÚBLICO sobre esse cenário, Pedro Reis não quis pronunciar-se. O certo é que o seu nome é dado como provável para a liderança da IFD, que conta neste momento com uma comissão instaladora, de carácter mais técnico, e que Pedro Reis pode contar com apoios no Ministério da Economia.

Numa nota hoje enviada, o gestor afirma que, “sendo uma pessoa que trabalhou mais de vinte anos no sector privado”, sempre entendeu o cargo que ainda ocupa como “algo necessariamente limitado no tempo”. “Acredito que não podemos somente exigir que o nosso País seja bem dirigido e, ao mesmo tempo, não estarmos dispostos a fazer uma entrega total a um desafio quando tal nos é pedido, nomeadamente num momento tão sensível e numa frente tão critica como é a de ajudar a internacionalização da nossa economia”, escreveu o gestor, que chegou a ser indicado para o cargo de administrador não executivo da Caixa Geral de Depósitos.

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