Pais do Amaral compra 10 por cento da Media Capital

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Miguel Paes do Amaral Daniel Rocha

Miguel Pais do Amaral fechou hoje a compra de 10 por cento da participação da Prisa no grupo da TVI, por mais de 34,9 milhões de euros.

O grupo da TVI comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a concretização do negócio às 16h39, confirmando os rumores surgidos na imprensa de que Pais do Amaral estava de regresso à empresa.

Da mesma forma, a Prisa comunicou ao regulador espanhol a aquisição de 10 por cento dos títulos da Media Capital por parte da PortQuay West I B.V., sediada em Amesterdão e controlada por Pais do Amaral.

Os títulos da Media Capital foram adquiridos a 4,14 euros cada, confirmaram as duas partes aos reguladores nacionais. A participação foi adquirida, no total, por 34.988.456 euros.

O acordo hoje assinado inclui ainda uma opção de compra de mais 19,69 por cento do capital do grupo, ao mesmo preço da aquisição actual, no prazo de um ano, o que a confirmar-se levará ao aumento da participação de Pais do Amaral para 29,69 por cento das acções.

Nesse caso, o empresário português pagará mais de 103 milhões de euros à Prisa, pelo total das acções adquiridas. Se Pais do Amaral não exercer a opção de compra de mais 19,69 por cento da Media Capital, o grupo espanhol reserva-se o direito de voltar a adquirir os 10 por cento que já alienou.

A intenção de Pais do Amaral será ter uma “participação financeira, mas não uma participação estratégica”, disse hoje uma fonte oficial ligada ao empresário português, que saiu da Media Capital em 2005.

Por confirmar está no entanto se o regresso de Pais do Amaral implica também o reassumir do cargo de presidente do grupo: “Não está ainda nada definido”, acrescentou a mesma fonte.

Já em Março do ano passado, Pais do Amaral estava em negociações com a Prisa para adquirir 30 por cento do grupo da TVI, como noticiou o PÚBLICO na altura.

Antes de o negócio ter sido comunicado hoje à CMVM, as acções da Media Capital na bolsa de Lisboa foram suspensas pelo regulador, enquanto este aguardava “informação relevante” sobre a empresa. Em causa está cinco por cento do capital da sociedade, que se mantém cotado no mercado accionista.

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