Mota-Engil África sai da bolsa de Amesterdão a 10 de Dezembro

Accionistas da construtora votam aumento de capital no próximo dia 30.

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Grupo liderado por António Mota está a crescer mais na América Latina do que em África NFACTOS/FERNANDO VELUDO

A Euronext Amsterdam N.V. aprovou o pedido para exclusão de negociação das acções ordinárias representativas do capital social da Mota-Engil África, anunciou o grupo de construção.

A exclusão das acções terá lugar no próximo dia 10 de Dezembro (dia 9 de será o último dia de negociação), sujeita à aprovação, pela assembleia geral extraordinária de accionistas da Mota-Engil África, adianta a Mota-Engil em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

A operação está ainda dependente da autorização do conselho de administração para a concretização da recompra de acções pela Mota-Engil África.

Os accionistas da Mota-Engil vão votar no próximo dia 30 o aumento de capital em 44,62 milhões de euros, para 249,256 milhões, para financiar a retirada da subsidiária da bolsa de Amesterdão

O grupo Mota-Engil decidiu retirar a Mota-Engil África da bolsa de Amesterdão pelo facto de a cotação das acções ter deixado de representar “o justo valor da empresa”, e porque o nível de free float  (capital disperso) permanecia limitado, com reduzidos níveis de liquidez e negociação.

A  oferta pública de aquisição (OPA) das acções da empresa que pretende pôr um ponto final na história bolsista da Mota-Engil África é lançada pela própria empresa, ao preço de 6,1235 euros por acção.

A entrada em Amesterdão, depois de frustrada a tentativa para a cotar na bolsa de Londres, aconteceu em Novembro de 2014, e foi feita a 11 euros por acção. Os títulos apresentavam uma desvalorização superior a 50%, situando-se ligeiramente acima dos cinco euros, quando foi anunciada a intenção de retirar a empresa de bolsa.

Presente em nove mercados, com destaque para Angola (onde conta com a petrolífera Sonangol como accionista local), a Mota-Engil África tem tido forte peso nas contas do grupo. No entanto, as receitas realizadas no mercado africano caíram 32% no primeiro semestre.

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