Mais de 30 candidatos para a entidade que vai vigiar empresas públicas
Ex-secretário de Estado do PS é um dos candidatos.
Há mais de 30 candidatos ao lugar de director da nova entidade que vai vigiar as empresas do Estado, nomeadamente os orçamentos e eventuais irregularidades financeiras, e que actuará sob a alçada da ministra das Finanças. De entre a lista de interessados em ocupar a vaga aberta em Abril, encontra-se Fernando Pacheco, antigo secretário de Estado de governos PS.
Ao que o PÚBLICO apurou, este concurso atraiu 34 pessoas, que apresentaram a candidatura junto da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (Cresap), responsável pela gestão de concursos para cargos no Estado. O prazo para apresentação de candidaturas terminou a 29 de Abril, depois de o procedimento ter sido aberto em Diário da República por indicação da tutela de Maria Luís Albuquerque.
O antigo secretário de Estado da Indústria e da Energia e, mais tarde, do Orçamento, nos governos de António Guterres, Fernando Pacheco, é um dos nomes que consta na lista de candidatos ao lugar de director da Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Sector Público Empresarial, sabe o PÚBLICO. O responsável, docente da Universidade Católica Portuguesa, foi membro consultivo do Banco de Portugal e do Comité de Política Económica da União Europeia.
Apesar de o prazo para candidaturas ter terminado no mês passado, a Cresap ainda está em fase de avaliação dos perfis. As regras da comissão obrigam à realização de entrevistas aos seis melhores candidatos, entregando, posteriormente, uma short list de três nomes à tutela responsável. Neste caso, o Ministério das Finanças.
A criação da unidade que vai vigiar as empresas públicas já estava prevista há algum tempo, mas só começou a ver a luz do dia aquando da entrada em vigor do novo regime jurídico do sector empresarial do Estado, em Dezembro de 2013. E só este ano foi publicado, em Diário da República, o decreto que regulamenta as atribuições desta entidade. Caber-lhe-á controlar os orçamentos e a prestação de contas das empresas públicas e reportar quaisquer irregularidades à Inspecção-Geral de Finanças.