Mais de 30 candidatos para a entidade que vai vigiar empresas públicas

Ex-secretário de Estado do PS é um dos candidatos.

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O Governo discute esta semana um novo orçamento rectificativo Daniel Rocha

Há mais de 30 candidatos ao lugar de director da nova entidade que vai vigiar as empresas do Estado, nomeadamente os orçamentos e eventuais irregularidades financeiras, e que actuará sob a alçada da ministra das Finanças. De entre a lista de interessados em ocupar a vaga aberta em Abril, encontra-se Fernando Pacheco, antigo secretário de Estado de governos PS.

Ao que o PÚBLICO apurou, este concurso atraiu 34 pessoas, que apresentaram a candidatura junto da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (Cresap), responsável pela gestão de concursos para cargos no Estado. O prazo para apresentação de candidaturas terminou a 29 de Abril, depois de o procedimento ter sido aberto em Diário da República por indicação da tutela de Maria Luís Albuquerque.

O antigo secretário de Estado da Indústria e da Energia e, mais tarde, do Orçamento, nos governos de António Guterres, Fernando Pacheco, é um dos nomes que consta na lista de candidatos ao lugar de director da Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Sector Público Empresarial, sabe o PÚBLICO. O responsável, docente da Universidade Católica Portuguesa, foi membro consultivo do Banco de Portugal e do Comité de Política Económica da União Europeia.

Apesar de o prazo para candidaturas ter terminado no mês passado, a Cresap ainda está em fase de avaliação dos perfis. As regras da comissão obrigam à realização de entrevistas aos seis melhores candidatos, entregando, posteriormente, uma short list de três nomes à tutela responsável. Neste caso, o Ministério das Finanças.

A criação da unidade que vai vigiar as empresas públicas já estava prevista há algum tempo, mas só começou a ver a luz do dia aquando da entrada em vigor do novo regime jurídico do sector empresarial do Estado, em Dezembro de 2013. E só este ano foi publicado, em Diário da República, o decreto que regulamenta as atribuições desta entidade. Caber-lhe-á controlar os orçamentos e a prestação de contas das empresas públicas e reportar quaisquer irregularidades à Inspecção-Geral de Finanças. 

 
 

  

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