Luta pelo controlo da ES Saúde leva acções a crescerem 3,8%

Cotação da dona do Hospital de Loures vale 4,88 euros e fica acima do valor oferecido pela Fidelidade.

Foto
O relatório dá nota negativa ao atendimento nas urgências, com 26% dos atendimentos em 2013 a excederem os tempos máximos recomendados Foto: Daniel Rocha

As movimentações no mercado pelo controlo da Espírito Santo Saúde (ES Saúde), com uma terceira oferta de compra a ser protagonizada pela Fidelidade, estão a levar a uma subida acentuada das acções da empresa liderada por Isabel Vaz.

No dia em que a seguradora, controlada pelos chineses da Fosun, lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) concorrente à do grupo Ángeles, os títulos subiram 3,83%, encerrando a valer 4,88 euros.

A cotação fica já acima do preço proposto pela Fidelidade para comprar a empresa. É uma diferença de 16 cêntimos face aos 4,72 euros que a seguradora se propõe pagar para ficar com a ES Saúde.

Foto

A negociação em bolsa da cotação da ES Saúde esteve suspensa no início do mercado. A proposta da Fidelidade, controlada pelos chineses da Fosun, foi conhecida às primeiras horas da madrugada e, à hora em que começavam as negociações, já se sabia que as acções da ES Saúde estariam suspensas. A CMVM determinou a suspensão temporária “de modo a permitir a análise da informação divulgada” e pouco depois deu ordem para que a negociação avançasse, considerando que já não havia motivos para a interrupção.

Os títulos da empresa estão em alta desde a entrada em bolsa, em Fevereiro, com as acções a crescerem mais de 50%. O movimento ascendente começou antes de o grupo Ángeles dar o tiro de partida pelo controlo da ES Saúde, ao lançar uma OPA a 19 de Agosto, e intensificou-se a partir daí.

Depois da proposta dos mexicanos (4,3 euros por acção), aparece o grupo José de Mello Saúde a 11 de Setembro a apresentar uma proposta concorrente, oferecendo mais dez cêntimos por título. Oito dias mais tarde, o grupo Ángeles contra-ataca e sobe a parada, passando a oferecer 4,50 euros por acção. A terceira OPA, a segunda oferta concorrente, confirmou-se agora, com a Fidelidade  a propor pagar  4,72 euros por acção para ficar com a dona dos Hospitais da Luz e Loures (esta última unidade em regime de parceria público privada).

Sugerir correcção
Comentar