Lucro dos CTT sobe 14% para 36,1 milhões de euros

Receitas mantêm tendência de subida e área financeira destaca-se como "alavanca do crescimento global" da empresa.

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Francisco Lacerda é o presidente executivo dos CTT Miguel Manso

Os resultados líquidos dos Correios subiram 14% nos primeiros seis meses do ano, para 36,1 milhões de euros, anunciou nesta terça-feira a empresa liderada por Francisco Lacerda. A empresa manteve a tendência de crescimento das receitas iniciada no primeiro trimestre (quando se interrompeu um ciclo de cinco anos de queda), conseguindo um aumento de 1,4%, para 353 milhões de euros, enquanto o lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) melhorou 10,1%, para 66,3 milhões de euros.

Na análise aos rendimentos operacionais, os CTT destacam que as receitas do negócio de correio recuaram apenas 1,2%, em virtude “da desaceleração na queda no tráfego de correio endereçado” e do aumento do preço médio do Serviço Postal Universal. As receitas de correios fixaram-se em 268,1 milhões de euros.

Já os serviços financeiros “consolidaram a oferta e a posição de mercado” com um crescimento de receitas de 20,8%, para 35,4 milhões de euros, reforçando-se como “alavanca do crescimento global dos CTT”, destaca a empresa. Os serviços financeiros representam já quase um terço do EBITDA da empresa, que anunciou recentemente um acordo com a Cetelem para comercialização de produtos de crédito.

No comunicado, os CTT explicam que os produtos de poupança foram "os que mais directamente contribuíram para o forte crescimento da actividade e da receita" na área financeira, tendo as lojas CTT captado mais de dois mil milhões de euros "nos vários produtos de poupança comercializados", como títulos de dívida pública, seguros de capitalização e PPR, "realizando um crescimento de cerca de 220% face ao período homólogo de 2013".

No negócio de correio expresso e encomendas as receitas recuaram 1%, para 62,7 milhões de euros, apesar do aumento de tráfego de 11,6%. Os CTT explicam que o crescimento está a ocorrer principalmente nas vendas online. A empresa refere ainda que, em Espanha, “os rendimentos e a rentabilidade foram afectados negativamente pelo processo de reestruturação em curso que conduziu ao fim de várias franquicias, algumas de dimensão significativa”, que obrigaram a reorganizar a distribuição nessas zonas geográficas e a reconstruir a carteira comercial. “Adicionalmente continuou a verificar-se uma pressão sobre os preços médios de venda, fruto da conjuntura de mercado”.

Apesar do aumento das receitas, os custos diminuíram 1,1%, para 287,2 milhões de euros, o que a empresa atribui ao “aproveitamento das economias de escala e da capacidade instalada".

 

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