Lucro da Galp cai 20% até Junho para 247 milhões de euros

Considerando apenas o segundo trimestre, a petrolífera anunciou que o lucro caiu 29%, para 133 milhões de euros.

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O Estado detém 1% do capital da Galp através da CGD Filipe Casaca/Arquivo

O lucro da Galp caiu 20% no primeiro semestre deste ano, para 247 milhões de euros, segundo informou nesta sexta-feira a empresa num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Considerando apenas o segundo trimestre, a petrolífera anunciou que o lucro caiu 29%, para 133 milhões de euros.

No comunicado enviado à CMVM, a empresa refere que o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) nos primeiros seis meses do ano desceu 23%, para 631 milhões de euros.

As vendas totais de gás natural foram de 3.454 Mm³, uma queda de 15% face ao período homólogo, explicada essencialmente pela empresa pela “descida dos volumes vendidos nos mercados internacionais”.

O investimento neste período foi de 630 milhões, 89% dos quais foram aplicados no negócio de Exploração e Produção de petróleo, principalmente direcionados para o desenvolvimento do bloco BM-S-11 no Brasil e bloco 32 em Angola.

No final do semestre, a dívida líquida do grupo situava-se em 1,891 mil milhões de euros, considerando o empréstimo à Sinopec como caixa e equivalentes, sendo o rácio dívida líquida para Ebitda de 1,6x.

No primeiro semestre de 2016, as vendas e prestações de serviços decresceram 25% face ao período homólogo para os 6,095 mil milhões de euros, “devido principalmente à descida das cotações do petróleo, do gás natural e dos produtos petrolíferos, mas devido também aos menores volumes vendidos nos negócios de R&D e G&P”.

Os custos operacionais desceram 26% no período e situaram-se em 5,465 mil milhões de euros, sobretudo devido ao decréscimo de 29% do custo das mercadorias vendidas.

Isolando o segundo trimestre, o EBITDA consolidado do Grupo numa base replacement cost ajustada (RCA) atingiu o valor de 337 milhões de euros, uma descida de 25% em relação ao período homólogo de 2015, traduzindo a menor contribuição dos negócios de Refinação & Distribuição (R&D) e de Exploração & Produção (E&P).

“Estes negócios foram impactados, respectivamente, pela descida das margens de refinação e do preço do petróleo e do gás natural nos mercados internacionais”, refere a empresa.

O EBITDA do negócio de Gás & Power (G&P) teve um aumento de 10%, beneficiando da optimização do aprovisionamento na actividade de gás natural, acrescenta.

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