Henrique Granadeiro em silêncio na chegada à reunião magna da PT

Presidente demissionário chegou acompanhado por seguranças que o ajudaram a contornar o batalhão de jornalistas que cobrem a Assembleia Geral.

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Accionistas da PT decidem combinação de negócios com a Oii Daniel Rocha

O presidente demissionário da Portugal Telecom (PT), Henrique Granadeiro, não prestou declarações à chegada à Assembleia Geral (AG) da operadora onde, nesta segunda-feira, será decidido se a combinação de negócios com a brasileira Oi avança.

Granadeiro chegou pouco antes das 16h30, hora em que se iniciou a reunião magna de accionistas da PT, tendo evitado as questões dos jornalistas que se encontravam no local onde decorrem os trabalhos, no Fórum PT, em Lisboa. O responsável entrou no edifício acompanhado por seguranças, que o ajudaram a contornar o batalhão de jornalistas que cobrem a Assembleia Geral.

Os accionistas da PT decidem hoje se a combinação de negócios com a brasileira Oi vai avançar, numa AG que deverá ficar marcada pela polémica aplicação na dívida da Rioforte e pelo confronto de posições. A reunião tem como ponto único da ordem de trabalhos os novos termos da combinação de negócios com a Oi, que acontece depois da aplicação de quase 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, do Grupo Espírito Santo (GES), empresa que não cumpriu o pagamento à operadora portuguesa no prazo previsto.

Na sequência do aumento de capital da Oi, a PT passou a deter uma participação, directa e indirecta, na brasileira de 39,7%, sendo esta "o único activo relevante detido pela PT", segundo informação divulgada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Agora, os accionistas deliberam sobre a combinação de negócios, que inclui a realização de uma permuta entre a PT e as subsidiárias integralmente detidas pela Oi, PT Portugal e PT International Finance, onde se encontrava a aplicação na Rioforte, assim como a celebração do contrato de opção de compra pela operadora portuguesa.

O negócio prevê que a PT compre os instrumentos Rioforte, por contrapartida da venda de 16,9% do capital social da Oi e de 17,1% dos respectivos direitos de voto.

Já a PT passa a deter uma opção de compra para readquirir as Ações da Oi Objecto da Opção, tendo seis anos para recuperar o impacto negativo da dívida da Rioforte.

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