Grupo Águas de Portugal sofre ligeira redução dos lucros

Resultado líquido da empresa estatal desceu 2,2% para 102,4 milhões.

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Grupo é detido a 100% pelo Estado AFP PHOTO/ANNE-CHRISTINE POUJOULAT

O Grupo Águas de Portugal (AdP) teve uma ligeira descida dos resultados líquidos no ano passado, que passaram dos 104,7 milhões de euros para 102,4 milhões (-2,2%). O volume de negócios também desceu, entre 2013 e 2014, dos 816,2 milhões para 792,8 milhões de euros (-2,9%). A diferença do volume de negócios é explicada pelo grupo estatal, em comunicado, com a “redução do défice tarifário bruto” em 20,6 milhões de euros.

Já ao nível do EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) houve uma evolução positiva, subindo 4,5% para 384 milhões de euros. “Para esta melhoria contribuiu sobretudo a redução dos custos operacionais, em cerca de 8 milhões de euros, além de outros ganhos operacionais não recorrentes”, destaca a AdP.

O grupo, cujas contas anuais foram aprovadas esta terça-feira, destaca que houve uma “evolução muito favorável dos principais indicadores económico-financeiros”, realçando a “redução do nível de endividamento líquido, que se situou em 2,4 mil milhões de euros”, menos 94,4 milhões de euros face a 2013. Já a dívida dos clientes passou de 560 milhões para 514 milhões de euros.

Os desvios tarifários em 2014 chegaram aos 16,2 milhões (contra 24,2 milhões de euros de 2013), com o valor acumulado a atingir os 590 milhões de euros. Já o investimento subiu 29,5% no ano passado, para 210,5 milhões de euros.

“A evolução positiva dos recebimentos de clientes, que resulta em grande parte do esforço desenvolvido junto dos clientes municipais e nomeadamente do estabelecimento de acordos de pagamento, além de reduzir as necessidades de fundo de maneio do grupo em 13% face a 2013, permitiu igualmente retomar os investimentos mais urgentes com uma taxa de execução muito superior à de 2013”, afirmou o presidente da AdP, Afonso Lobato de Faria, no comunicado divulgado pelo grupo.

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