Governo não recua nos cortes salariais na TAP

Sindicatos foram informados nesta quinta-feira que a companhia terá de aplicar as reduções previstas no Orçamento do Estado para 2013.

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Salários dos trabalhadores deverão ser cortados este mês, depois de a TAP não ter aplicado as regras em Janeiro Paulo Ricca/arquivo

O Governo mostrou-se “irredutível” em relação aos cortes salariais na TAP, numa reunião que ocorreu nesta quinta-feira com os sindicatos da companhia de aviação, afirmou o porta-voz da plataforma sindical, André Teives, ao PÚBLICO.

Os representantes dos trabalhadores tinham sido convocados para um encontro com a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, e o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, para debater a reestruturação e o relançamento da privatização da transportadora aérea.

No entanto, a discussão foi tomada pela questão dos cortes salariais, que, de acordo com o Orçamento do Estado (OE) para 2013, a TAP terá de aplicar pela primeira vez este ano, depois de lhe ter sido concedido um regime de excepção em 2011 e 2012.

Esta obrigatoriedade colocou-se pelo facto de não ter sido vendida no ano passado, como previsto inicialmente pelo Governo. O facto de o executivo ter rejeitado a proposta feita por Germán Efromovich fez com que a companhia ficasse obrigada a cumprir as regras do OE.

Os sindicatos reclamaram que a empresa fosse excluída destas imposições, uma vez que a intenção é relançar em breve a privatização e porque não recebe dinheiro do Estado, por proibição comunitária. No entanto, o Governo mantém a intenção de aplicar os cortes na TAP.

A empresa deverá proceder às reduções salariais este mês, depois de não ter aplicado as regras nos vencimentos de Janeiro. Isto porque a administração aguardava ainda por uma resposta do Governo ao pedido de excepção feito no inicio do ano.

 

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