Governo alemão revê crescimento em baixa

Conjuntura internacional está a afectar a maior economia europeia.

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Philipp Roesler, ministro alemão da Economia Foto: Johannes Eisele / AFP

O abrandamento das exportações está a provocar uma deterioração da conjuntura económica na Alemanha, com as previsões de crescimento do Governo para este ano a caírem de 1% para 0,4%.

Philipp Roesler, o ministro alemão da Economia, apresentou esta quarta-feira as novas projecções do Executivo e traçou um cenário de dificuldades para a maior economia europeia. O PIB vai crescer apenas 0,4% em 2013, o que é menos que os 0,7% estimados para o ano passado e, principalmente, representa uma revisão significativa face à previsão de 1% que tinha sido apresentada pelo Governo em Novembro.

O principal motivo para o pessimismo, explicou Roesler, está na evolução do comércio internacional. As exportações deverão abrandar este ano para um ritmo de crescimento de 2,8%, contra os 4,1% de 2012. Em simultâneo, as importações passarão a crescer 3,5%, quando no ano passado a variação foi de 2,3%. Isto significa que em 2013, o comércio internacional vai ter um contributo negativo para a variação do PIB de 0,1 pontos percentuais. Em 2012, o contributo tinha sido positivo - 1,1 pontos percentuais.

"A economia está cada vez mais a sentir o fardo de uma economia mundial mais fraca e, em particular, da crise de confiança na zona euro", disse o ministro.

O crescimento dos salários será de 2,6%, avançou Roesler, um valor que deverá garantir um desempenho mais forte do consumo, que terá um contributo positivo para a variação do PIB de 0,6 pontos percentuais.

Na edição desta quarta-feira do Financial Times, o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy defendeu, em entrevista, que a Alemanha devia seguir uma política de maior aposta no crescimento como contributo para a resolução da crise da zona euro. 

 
 
 

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