Galp reforça presença na exploração de petróleo em São Tomé e Príncipe
Petrolífera compra participação em três projectos offshore liderados pela norte-americana Kosmos Energy.
A Galp anunciou nesta segunda-feira que vai reforçar a presença em São Tomé e Príncipe, através de um acordo com a norte-americana Kosmos Energy para aquisição de participações em três blocos petrolíferos no mar.
Em causa está uma participação de 20% nos blocos 5, 11 e 12, no offshore de São Tomé e Príncipe, segundo adiantou a petrolífera portuguesa, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Com este negócio, "a Galp reforça a sua presença no país, onde detém, desde 2015, a operação no bloco 6, no qual a Kosmos também participa”, adiantou a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva. A transacção deverá estar concluída até ao final do ano.
Além da Kosmos Energy, que detém a liderança destes três projectos de exploração, são parceiras da Galp a Agência Nacional de Petróleo de São Tomé e Príncipe e a empresa africana Equator Oil.
A Galp garantiu presença no negócio petrolífero no arquipélago são-tomense no ano passado, quando lhe foi adjudicada a exploração do bloco 6. A petrolífera portuguesa é a operadora neste projecto de exploração offshore, com uma posição de 45%.
Este bloco “está localizado numa zona pouco explorada, mas de alto potencial, uma vez que se encontra próximo de províncias com um sistema petrolífero comprovado”, refere a empresa no seu site.
Na África lusófona, além de São Tomé, a Galp já tem exploração e produção de petróleo em Angola e está a desenvolver um mega projecto de exploração de gás natural em Moçambique, em associação com a Eni.
A Galp e a Kosmos já estão juntas no consórcio liderado pela espanhola Repsol, e onde também está a portuguesa Partex, para exploração petrolífera ao largo de Peniche. A empresa norte-americana tem ainda operações em mercados como o Gana, Marrocos, Mauritânia e Suriname.