Galp explora petróleo no mar de São Tomé e Príncipe

Operação vai ser levada a cabo em parceria com a norte-americana Kosmos Energy.

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Enric Vives-Rubio

A Galp Energia anunciou nesta-terça-feira que vai iniciar a exploração de petróleo ao largo de São Tomé e Príncipe, depois de ter conseguido o acordo com o governo do país.

Em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valor Mobiliário, a petrolífera portuguesa informou que, em parceria com a Kosmos Energy, vai começar a explorar o bloco 6, no offshore das ilhas.

A exploração encontra-se na zona económica exclusiva do país, em profundidades até 2500 metros e expande-se por uma área de mais de cinco mil quilómetros quadrados.

A Galp Energia terá uma participação de 45% do bloco 6, sendo que a Kosmos Energy fica com 45% na operação. A Agência Nacional do Petróleo (ANP), em representação do governo de São Tomé e Príncipe, fica com a participação dos restantes 10%.

Em conjunto com os parceiros, a empresa portuguesa compromete-se “a realizar actividades de exploração, incluindo aquisição sísmica, durante os quatro anos da primeira fase do período exploratório”, refere no comunicado.

A Galp considera que esta aquisição lhe permite “o acesso como operadora a uma área de fronteira, numa nova geografia, enquanto mantém uma posição financeira sólida”.

A Kosmos Energy é uma empresa, cotada em Wall Street, de exploração e produção de petróleo e gás natural “focada em áreas emergentes e de fronteira ao longo da Margem Atlântica”. A petrolífera norte-americana mantém projectos no offshore do Gana, bem como “licenças de exploração com potencial significativo de hidrocarbonetos” no offshore da Mauritânia, Marrocos, Portugal, Senegal, Suriname e Saara Ocidental.

A informação enviada à CMVM surge no dia a seguir à apresentação de dados trimestrais da Galp Energia. A empresa ultrapassou os 50 mil barris de produção diária de petróleo e de gás natural, impulsionada pelo Brasil.

O presidente executivo, Carlos Gomes da Silva, anunciou na segunda-feira que a próxima meta é a dos "100 mil barris de produção diária em 2017", com o reforço da produção no Brasil, Angola e Moçambique.

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