FMI aconselha Irlanda a abrandar austeridade em nome do crescimento

FMI contraria BCE e Comissão Europeia e sugere que mais medidas de austeridade sejam adiadas para 2015, mesmo que as metas do crescimento não sejam cumpridas.

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Metas do crescimento para a Irlanda prevêem uma subida de 1,5% do PIB em 2013 Leon Neal/AFP

O Fundo Monetário Internacional (FMI) propõe ao Governo irlandês não apresentar mais medidas de austeridade até 2015, mesmo que isso signifique falhar as metas de crescimento económico em 2013.

A posição do FMI, assumida em comunicado nesta terça-feira, contraria a mensagem que tem vindo a ser transmitida pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela Comissão Europeia, que enfatizam a necessidade de cumprir as metas do programa de ajustamento financeiro.

Os credores internacionais negociaram com a Irlanda a meta de crescimento de 0,9% em 2012 e de 1,5% em 2013.

Citado pelo Financial Times, o comunicado do FMI afirma que existem “riscos significativos” de uma nova dose de austeridade à luz de um desempenho negativo da economia irlandesa em 2013.

Divulgado depois do desembolso de 890 milhões de euros como parte do resgate internacional à Irlanda, o comunicado explica que “caso o crescimento do próximo ano desaponte, as medidas de consolidação fiscal devem ser adiadas para 2015 para proteger a economia”.

Também nesta terça-feira foram divulgados indicadores para o crescimento económico irlandês. Segundo o Financial Times, o gabinete nacional de estatística irlandesa anunciou que a economia havia crescido 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2012, o segundo trimestre seguido em que o país conseguiu crescimento económico depois de ter caído 0,5% durante os primeiros três meses do ano.
 

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