Credores da Marsans decidem liquidar agência de viagens

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Vai ser difícil ressarcir todos os credores Miriam Lago

A decisão foi tomada hoje, durante uma assembleia que decorreu no Tribunal do Comércio de Lisboa. Empresa deixou dívidas de 4,8 milhões de euros.

A liquidação da Marsans, cujos problemas financeiros começaram a ser detectados em Abril deste ano quando perdeu a licença para emitir bilhetes de avião, foi decidida por unanimidade pelos credores.

Tinha sido proposta no relatório final do administrador de insolvência, Ademar Leite, que considerou que a venda dos activos seria a única saída, face ao facto de a agência de viagens já não se encontrar a operar neste momento.

Na assembleia de hoje, os credores, que reclamam dívidas totais de 4,8 milhões de euros, concordaram com Ademar Leite, que ficará encarregue de gerir a venda dos activos.

Amanhã, haverá uma reunião da comissão de credores, constituída durante a assembleia e presidida pelo BCP (o maior credor) para decidir, entre outros assuntos, de que forma será realizada essa venda.

Ademar Leite conseguiu apurar activos no valor de 23 mil euros, ou seja, apenas o suficiente para pagar salários em atraso e indemnizações de um único trabalhador.

Há a expectativa de conseguir arrecadar mais dinheiro, nomeadamente através de recuperação do IVA e de montantes devidos por clientes da Marsans, mas será muito difícil ressarcir todos os credores.

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