Cobrança duvidosa cai ligeiramente no crédito ao consumo

Nos empréstimos às empresas, a cobrança duvidosa continua a aumentar.

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O malparado do crédito ao consumo totalizava 1473 milhões de euros Enric Vives-Rubio

A cobrança duvidosa de crédito concedido a particulares manteve-se, em Setembro, ao mesmo nível dos dois meses anteriores. Enquanto o malparado do crédito ao consumo registou uma queda muito ligeira face a Agosto, nos empréstimos à habitação ficou inalterado, de acordo com dados publicados nesta terça-feira pelo Banco de Portugal.

Apesar do recuo em Setembro, o crédito ao consumo considerado pelos bancos como sendo de “cobrança duvidosa” representava 11,9% dos empréstimos concedidos, ficando colado ao nível histórico de 12% registado este ano em quase todos os meses anteriores.

O malparado do crédito ao consumo totalizava 1473 milhões de euros, menos 38 milhões de euros do que em Agosto. O montante dos empréstimos concedidos neste segmento ascendia a 12.306 milhões de euros, 106 milhões abaixo do acumulado no mês anterior.

Já o malparado dos empréstimos à habitação manteve-se nos 2,2%, o mesmo valor de Agosto, registando-se tanto um recuo no total de empréstimos concedidos (106.725 milhões de euros) como no valor do crédito vencido (2369 milhões de euros).

Estando na habitação a grande fatia dos empréstimos concedidos aos particulares, e sendo o seu rácio de incumprimento bem mais baixo do que os empréstimos ao consumo, o crédito de cobrança duvidosa total dos particulares representava em Setembro 4%. Ao todo, o banco central tem registo de 129.499 milhões de euros de empréstimos concedidos a particulares, dos quais 5159 milhões são de cobrança duvidosa.

No caso das empresas, este rácio voltou a aproximar-se do patamar dos 12%, ficando já em 11,9% (11.995 milhões sobre 100.670 milhões de empréstimos). Este rácio representa um novo valor recorde desde 1997, ano a partir do qual o Banco de Portugal tem registo destes dados mensais.
 

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