Constâncio admite que vitória do “não” terá consequências no financiamento do BCE

Pressão sobre o resultado do referendo na Grécia não pára de aumentar.

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Vítor Constâncio admite que financiamento do BCE aos bancos será condicionado pelo resultado do referendo. Foto: Enric Vives-Rubio

Vítor Constâncio, vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), admitiu esta sexta-feira que se o “não” sair vencedor no referendo de domingo pode ter consequências no financiamento aos bancos gregos.

Num clima de grande tensão sobre os gregos, o vice presidente do BCE admitiu que o resultado do refendo será “relevante” para as decisões que o BCE venha a tomar na segunda-feira.

A instituição convocou uma reunião para o dia seguinte ao referendo, para decidir sobre a linha de liquidez à banca grega, que se encontra actualmente fixada em 85 mil milhões de euros.

Para o vice-presidente da instituição, o resultado do referendo é determinante para a possibilidade de um acordo que permita resolver a grave crise em que se encontra o país.

"Temos de avaliar a possibilidade de um acordo entre a Grécia e os credores", afirmou o responsável português, explicando que, se o resultado vencedor for o “não”, as possibilidades de acordo serão menores e esse cenário terá de ser tido em conta “na análise sobre a situação dos bancos gregos".

O responsável português recusou-se a fazer previsões sobre os resultados do referendo e consequente posição do BCE, defendendo apenas que a decisão terá de ser tomada por todo o Conselho.

A posição de Vítor Constância está em linha com as declarações de Josef Bonnici, membro do conselho de política do BCE, que esta quinta-feira também defendeu que o BCE teria em conta o resultado do referendo na decisão sobre a cedência de liquidez aos bancos gregos.

Mas o apoio aos bancos gregos não é pacífico dentro do BCE. Alguns membros, nomeadamente o alemão Jens Weidmann, têm manifestado discordâncias sobre a ajuda concedida. com agências

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