Comunidade Portuária de Lisboa apela ao fim da greve dos estivadores

Sindicalistas falam em hipocrisia e denunciam o que consideram ser “terrorismo”.

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O protesto de apoio aos estivadores desmobilizou ao final da tarde Daniel Rocha

As empresas consideram que as recentes greves dos trabalhadores têm tido “consequências que vão muito para além dos prejuízos directos causados à economia nacional”, uma vez que os protestos levam à “degradação de imagem” do Porto de Lisboa.

António Mariano, presidente do Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul, responde que “pouco interessa a imagem quando em causa está o despedimento dos trabalhadores” e acusa as empresas do Porto de Lisboa de quererem “substituir mão-de-obra efectiva por mão-de-obra precária”. O presidente do Sindicato dos Estivadores vai mais longe e afirma que “qualquer país que tenha uma força terrorista tem má imagem. Estamos apenas a reagir a ataques. O que as empresas estão a fazer é terrorismo.”

Quanto à greve que se arrasta desde 25 de junho, o dirigente sindical explica que os trabalhadores já pararam 1 hora por dia, 2 horas por dia mas que, neste momento, estão a parar zero horas por dia. Ou seja, “os estivadores estão a trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana”, esclarece.  

A CPL apela ainda ao “bom senso”, e considera expectável que as “negociações laborais comecem” e que cheguem a “bom porto”. No entanto, António Mariano classifica este apelo como “uma hipocrisia” e garante que o sindicato tentou apresentar “seis datas para negociar em Lisboa”, sendo que “nenhuma delas foi aceite” pelas empresas.

O último pré-aviso de greve entregue pelo sindicato prevê que a greve se prolongue até dia 29 de Outubro mas o dirigente admite que “se não se alterar o comportamento das empresas”, o período de greve pode ser ampliado. 

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