CMVM suspende acções da Galp

Regulador suspendeu negociação dos títulos até à venda da participação da Eni

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A petrolífera poderá passar a ser a operadora do poço de Alcobaça Paulo Ricca

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) anunciou, nesta sexta-feira, a suspensão da negociação das acções da Galp Energia, até à divulgação de informação relevante sobre a empresa.

Segundo fonte do organismo regulador, citada pela agência Lusa, as acções vão ficar suspensas até à conclusão da operação de venda de 7% que a italiana Eni detém na petrolífera portuguesa.

Na quinta-feira, a Eni anunciou ter posto à venda cerca de 7% do capital social que detém na Galp, adiantando que os 58 milhões de acções são títulos em relação às quais a Amorim Energia não exerceu o seu direito de preferência e serão colocados junto de investidores qualificados.

Os bancos Goldman Sachs e Mediobanca serão os intermediários da operação.

Quando esta operação for concluída, e tendo em conta que nos últimos meses a Eni já vendeu em bolsa 0,34% da Galp, em que também não foram exercidos direito de preferência, a empresa italiana ficará com aproximadamente 9% da petrolífera portuguesa face aos 16% que actualmente detém.

No entanto, 8% estão adjudicados a uma emissão de obrigações convertíveis em acções, sendo que apenas os restantes 1% poderão ser negociados, apesar do direito de preferência da Amorim Energia.

De acordo com o portal da Galp, a Amorim Energia é o principal accionista da Galp, com 38,34%, seguida da Eni com 16,34% e da empresa pública Parpública com 7 por cento. Os restantes 38,32% estão dispersos em bolsa.

Entretanto, os títulos da petrolífera voltaram a negociar na Bolsa de Lisboa.

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