CGD: PSD diz ter travado nomeação de socialista e aplaude escolha de Faria de Oliveira

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Na semana passada, Gomes da Silva já considerara imoral a hipótese de Pinho vir a ser escolhido Carlos Lopes/PÚBLICO (arquivo)

O PSD congratulou-se com a escolha de Faria de Oliveira para presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), reclamando ter travado a escolha para o cargo de "uma pessoa" ligada ao Partido Socialista.

"Cumpriu-se a tradição de não ser uma pessoa do partido do Governo a ocupar a presidência da CGD ou a governo do Banco de Portugal", afirmou o vice-presidente do PSD Rui Gomes da Silva, numa conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa. "É a regra que sempre existiu", assinalou.

Gomes da Silva reivindica que o PSD e o seu líder, Luís Filipe Menezes, travaram a escolha de um socialista para este cargo.

"Foi por intervenção do PSD e do seu líder que hoje não estamos a assistir à nomeação de um presidente da CGD pertencente ao PS ou de um futuro ex-membro do actual Governo", afirmou o dirigente social-democrata, numa referência à eventual escolha do ministro da Economia, Manuel Pinho.

Na semana passada, Gomes da Silva tinha já considerado "imoral" a hipótese de Pinho vir a ser escolhido para suceder a Carlos Santos Ferreira à frente do banco do Estado.

Para o vice-presidente social-democrata, Faria de Oliveira "é uma pessoa competente, tem capacidade e experiência na área financeira e da banca e é um quadro da Caixa Geral de Depósitos".

Além disso, o ex-ministro de Cavaco Silva "corresponde ao perfil que o PSD assumiu como ideal", concluiu Rui Gomes da Silva.

O ex-ministro de Cavaco Silva, actual presidente da CGD em Espanha, foi o escolhido pelo ministro das Finanças para presidir ao banco estatal, depois de Carlos Santos Ferreira ter renunciado ao cargo para liderar a lista para o futuro Conselho de Administração do BCP.

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